Mais 141 armadilhas de monitoramento do mosquito Aedes aegypti serão instaladas na Capital. Após a ampliação, Porto Alegre passa a contar com 1.146 equipamentos em 36 bairros da cidade — a estimativa é de que sejam 1.500 até o fim do ano. Os novos aparelhos serão colocados na Zona Norte, especificamente nos bairros Sarandi (71 unidades), Jardim Itu (25), Jardim Sabará (25) e Jardim Leopoldina (15), além de novas unidades nos bairros Cristo Redentor (15) e Passo D’Areia (15 armadilhas).
Conforme a veterinária e chefe da equipe de Vigilância de Roedores e Vetores (EVRV) da CGVS, Rosa Maria Carvalho, a escolha dos locais levou em consideração a densidade populacional e a ocorrência de transmissão autóctone de doenças transmitidas pelo mosquito (quando as pessoas são infectadas no próprio bairro) em anos anteriores.
— O interessante é que com esse sistema nós conseguimos detectar se há presença do vírus naquela região, mesmo se ninguém for diagnosticado com doenças transmitidas pelo inseto — explica Rosa Maria.
A principal tarefa do sistema é capturar as fêmeas, transmissoras dos vírus da dengue, zika e chikungunya — os machos da espécie não picam. Os insetos coletados nas armadilhas são analisados em laboratório.
Para a instalação, os agentes de combate contam com a colaboração de moradores ou comerciantes dos bairros: proprietários preicsam concordar em ceder espaço e receber, semanalmente, a visita para manutenção do serviço.
A vistoria das armadilhas está disponível no site Onde Está o Aedes?, em tempo real. O plano de ampliação, que deve ser implementado nos próximos 15 dias, é feito pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde (CGVS).
As armadilhas começaram a funcionar na Capital em 2012, quando cerca de 700 itens foram instalados.