A conturbada relação entre Porto Alegre e o manancial que define sua geografia está prestes a sofrer a maior reviravolta das últimas quatro décadas — desde quando a construção do Muro da Mauá e o aterramento que transformou água em asfalto e concreto afastaram a população do Guaíba.
A urbanização das margens do Gasômetro, em vias de ser entregue, e a revitalização do Cais Mauá, em fase inicial, prometem resgatar uma parte do convívio perdido entre as pessoas e a costa de água doce. Mas os 4,5 quilômetros em obras representam apenas 6% dos 70 quilômetros que separam a confluência com o Rio Gravataí, ao Norte, dos confins do Lami, no Extremo Sul. Entre um ponto e outro, alternam-se zonas altamente urbanizadas e trechos de natureza virgem, personagens como moradores novos e antigos, trabalhadores, praticantes de esporte e comunidades residuais de pescadores, fazendo da orla da Capital uma de suas áreas mais interessantes e diversificadas, embora ainda pouco conhecida pela população em toda sua amplitude e afetada por problemas como poluição e lixo.
A tortuosa história da cidade e seu corpo d'água soma nada menos do que 400 mil anos. Naquela época, quando o Guaíba ainda era um vale seco, mudanças climáticas fizeram derreter geleiras, e a linha do mar avançou cerca de cem quilômetros na direção do que viria a ser Porto Alegre. A primeira "transgressão marinha", como se chama esse fenômeno, fez com que a futura Capital se transformasse em uma ilha na qual se sobressaía o Morro Santana. As idas e vindas oceânicas se repetiram outras três vezes até 5 mil anos atrás, com menor intensidade, desenhando dessa forma a paisagem lacustre caracterizada por enseadas e pontas.
A geografia esculpida pelas ondas do mar foi alterada somente no final do século 19, quando tiveram início os aterros destinados a dar mais lugar a ruas e prédios. As toneladas de areia foram inicialmente despejadas no Centro Histórico e, nos anos 1970, no bairro Praia de Belas. Como resultado da conversão de água em terra firme, a área central triplicou de tamanho.
A cidade nasceu junto à margem, se desenvolveu graças ao comércio estimulado pelo transporte fluvial, ampliou seu território sobre o manancial, mas então virou as costas ao Guaíba.
— A ideia original era fazer jardins, embelezar os novos trechos aterrados, entre outras coisas, mas isso nunca foi feito. Somente agora a orla está tendo esse trabalho de acabamento. Certamente, dará uma nova característica a toda essa região — comenta a arquiteta, urbanista e professora da UFRGS Célia Ferraz de Souza.
O abandono urbanístico e a construção do Muro da Mauá e da linha da Trensurb terminaram por transformar a beira da cidade em uma zona inóspita. Agora, com projetos públicos e privados em andamento — como o Parque do Pontal, que está em fase final de aprovação na prefeitura e prevê lojas, restaurantes, bares e um parque em uma área de 3,6 hectares no antigo Estaleiro Só — os 70 quilômetros da costa doce de Porto Alegre e seus personagens de perfis tão variados quanto sua geografia voltam a ganhar evidência.
A família que controla a ponte do Guaíba
A ponte de concreto protendido erguida em 1958 para permitir a travessia de veículos sobre o Guaíba acabaria por se tornar, também, um símbolo da cidade e de sua orla. Até aquele período, quem quisesse chegar à margem oposta precisava tomar uma das barcas do Departamento Autônomo de Estradas e Rodagens (Daer) que partiam da Vila Assunção, na Zona Sul, e chegavam ao município de Guaíba cerca de 20 minutos depois. Todos os dias, mais de mil pessoas e 600 veículos cumpriam essa viagem.
Hoje, passam cerca de 50 mil veículos sobre a ponte, e, por ano, mais de 400 embarcações sob a estrutura. Há mais de meio século, uma mesma família responde pela operação do vão móvel de 58 metros e 400 toneladas que permite alternar a circulação de automóveis e navios. O funcionário da concessionária Concepa Antônio Carlos Corrêa, 47 anos, seguiu a mesma profissão do pai, Avelino Corrêa, 85 anos, no comando da mesa eletrônica cheia de botões que faz subir e descer o miolo da ponte.
— Eu vinha visitar o pai no trabalho, ainda criança. Pedia para trazer colegas da escola para conhecer a sala de operações. Hoje, é gratificante poder continuar o serviço que foi dele — conta Antônio Carlos.
Corrêa, o pai, ajudou a construir a travessia sobre o Guaíba e, por cerca de quatro décadas, controlou o vão móvel de uma pequena sala envidraçada incrustada em um dos pilares — de onde se tem uma das melhores vistas da Capital.
— Não tinha nada disso aqui, não tinha casa, não tinha nada — relembra o aposentado, olhando para a orla rodeada por avenidas, casas e prédios.
Dali avista-se o único trecho ainda operacional do porto da Capital, o Cais Navegantes, por onde circulam cerca de um milhão de toneladas de produtos por ano. É uma fração pequena em comparação ao porto de Rio Grande, que movimenta cerca de 40 vezes mais, mas o número de navios atracados na Capital vem aumentando: cresceu 30% nos últimos três anos e chegou a 182 embarcações no ano passado.
Eu vinha visitar o pai no trabalho, ainda criança. Pedia para trazer colegas da escola para conhecer a sala de operações. Hoje, é gratificante poder continuar o serviço que foi dele.
ANTÔNIO CARLOS CORRÊA
Funcionário da Concepa
— O porto da Capital tem importância estratégica para a indústria de fertilizantes, que é o principal produto desembarcado aqui. Mas também se recebe cevada, trigo, sal e peças grandes, como torres eólicas — afirma o diretor de Portos Interiores da Superintendência do Porto de Rio Grande, Bruno Gonçalves.
O calado de apenas 17 pés (5,18 metros) impede a aproximação de navios grandes com carga máxima, mas o custo estimado em R$ 700 milhões para ampliá-lo, no momento, deixa a obra sem previsão.
José Motta capina à espera do novo Cais Mauá
Localizado ao lado do Cais Navegantes, o Cais Mauá deixou de funcionar como porto para se transformar em ponto de lazer. Depois de três décadas de tentativas naufragadas para convertê-lo em lugar de convívio, somente em março tiveram início as obras destinadas a recuperar os 11 armazéns tombados e implantar 10 praças ao longo de 3,2 quilômetros na área central da cidade.
No momento, está no final a primeira fase da revitalização. Essa etapa inclui a limpeza de todo o cais, com a retirada de eventuais materiais contaminantes, como resíduos químicos, e a instalação de uma cerca para separar os locais de trabalho de uma faixa destinada à circulação de pessoas e veículos. Em breve, terá início a reforma dos pavilhões. Ao longo dos últimos seis anos, um funcionário foi o responsável por manter a área minimamente limpa e organizada até o início da sonhada renovação.
De forma paciente e solitária, o auxiliar de serviços gerais José Taborda Motta, 55 anos, capina tufos de grama que brotam entre as pedras do cais, descarta materiais e cuida para nada se acumule no espaço onde a obra deverá ganhar ritmo nas próximas semanas.
— Com esse tempo, sol numa hora, chuva na outra, o mato cresce muito rápido. Em duas semanas, cresce tudo de novo. Aí a gente tem de cortar mais uma vez — conta Motta.
Ele é o funcionário que atua há mais tempo na área dos armazéns desativados. Com a mania de quem gosta de ver tudo limpo, afirma que se chateou com a situação do Guaíba quando levou a mulher para um passeio de barco:
A paisagem é muito bonita, mas é uma pena que a água esteja tão poluída.
JOSÉ TABORDA MOTTA
Auxiliar de serviços gerais
— A paisagem é muito bonita, mas é uma pena que a água esteja tão poluída — afirma.
Motta espera que o cenário fique ainda melhor com a conclusão da revitalização portuária. O projeto do cais, um anseio cogitado pela primeira vez no começo dos anos 1990, tramitou ao longo de sete anos até obter aprovação final da prefeitura. Nesse meio tempo, também recebeu críticas por razões como a previsão de um shopping, junto ao Gasômetro, e de torres comerciais na extremidade oposta. Os empreendedores informaram que o shopping deverá ser, na verdade, um centro comercial a céu aberto.
Os armazéns deverão ser entregues em dois anos, quando Motta espera deixar a enxada de lado e, ao final do expediente, tomar um chope admirando o célebre pôr-do-sol.
A obra
3,2 quilômetros de revitalização, em três fases
Dois anos de duração das obras em cada fase
Investimento total previsto de R$ 750 milhões
Fonte: Cais Mauá
O contador de histórias do Guaíba
Pelas águas de Porto Alegre não circulam apenas navios carregados de fertilizantes ou cevada rumo ao porto. Entre os bairros Cristal e Tristeza, os três principais clubes náuticos da região registram nada menos do que 1,2 mil embarcações de pequeno e médio porte que singram pelo Guaíba levando esportistas, amantes noviços da navegação e velejadores tarimbados como o músico Kako Pacheco, 54 anos, e seu pai, o veterinário Paulo Romualdo Pacheco, 88 anos, mais conhecido como Pachecão.
Pachecão ama andar de barco, mas também ama contar histórias. Quer falar sobre futebol? Ex-lateral do antigo Força e Luz, ele vai te falar sobre quando enfrentou uma seleção de veteranos do Uruguai que incluía vencedores da Copa do Mundo de 1950. Se puxar papo sobre trabalho, ele vai lembrar de quando viajou ao Centro-Oeste como fiscal do Banco do Brasil e foi jurado de morte por um latifundiário (sobreviveu por ter distribuído mantimentos, sem saber, ao homem encarregado de matá-lo. Agradecido, o capanga desistiu da tarefa). E vai narrar, dando risada, o episódio em que caiu de uma embarcação, no meio de uma noite sem lua, sem ninguém ver, e ficou boiando na Lagoa dos Patos à espera de um milagre.
Pacheco já contava 80 anos quando navegava no barco Sabiá — referência a um antigo apelido originado de suas canelas finas — ao lado do filho quando perdeu o equilíbrio e tombou na água. Kako só se deu conta de que o pai não estava a bordo vários minutos depois:
— Antes de ir atrás de ajuda, já que era noite e ninguém faria buscas até a manhã seguinte, decidi eu mesmo encontrá-lo. Calculei o caminho que tínhamos feito e voltei. Era quase impossível, mas eu tinha de encontrá-lo.
De colete salva-vidas, Pachecão garante que se manteve calmo como as águas do Guaíba em um dia sem vento.
— Como eu sou cancheiro, guardei a garganta para berrar só quando tivesse chance de alguém me encontrar — relembra o veterano.
Cerca de uma hora depois, ouviu o filho gritando "paaai" no meio da lagoa às escuras, e enfim gritou de volta. O milagre havia acontecido. Hoje, os dois seguem velejando juntos. Kako realiza o projeto social GaDuKa Aventuras, pelo qual leva crianças e idosos para navegar gratuitamente, e pretende lançar um novo circuito que inclui Ponta do Arado (no Sul), Cais Mauá e ilhas. Outras vezes, pai e filho abastecem o Sabiá no atracadouro localizado no bairro Cristal, no trecho da orla onde também se avistam ciclistas, caminhantes e adeptos da corrida, e rumam em busca de novas histórias para contar.
O Guaíba
- 470 quilômetros quadrados de superfície — o equivalente a 94% da área da Capital
- 50 quilômetros de comprimento e largura de 900 metros a 19 quilômetros
- 3 metros de profundidade média
- Vazão média de 38 mil metros cúbicos por segundo — suficiente para abastecer cada habitante do planeta com um litro a cada três horas
Fonte: Atlas Ambiental de Porto Alegre
Orla de Porto Alegre tem Ipanema, Leblon e Copacabana
Um pouco mais ao sul do pólo náutico da cidade, se encontra uma região que é fruto do sonho de uma parte de Porto Alegre de se fazer à imagem e semelhança do Rio de Janeiro. O próprio nome do bairro, Ipanema, foi adotado pelo empreendedor Oswaldo Coufal, um admirador da capital fluminense, como forma de ressaltar a beleza da enseada gaúcha para onde, a partir dos anos 1930, passaram a se deslocar milhares de pessoas aos finais de semana e durante os verões.
Naquela época, por iniciativa de Coufal e alguns sócios, a antiga área onde se plantava arroz deu lugar a um loteamento com ruas abertas a golpes de pá e enxada, conforme relata a dissertação de mestrado O Veraneio de Antigamente: Ipanema, Tristeza e os Contornos de um Tempo Passado na Zona Sul de Porto Alegre, de Janete da Rocha Machado.
Em um período em que o Litoral Norte era uma região de difícil acesso, o Guaíba ainda despoluído atrairia multidões de veranistas. Por volta da década de 1960, o balneário começou a receber levas crescentes de moradores fixos, mas jamais perdeu o charme típico de uma pequena cidade litorânea. Embora a água suja não permita mais os banhos de antigamente, o calçadão ainda é um dos poucos pontos urbanizados que permitem o contato direto da população com as margens do Guaíba na Capital.
Os pais da gestora cultural Márcia Morales, 46 anos, estavam entre os moradores pioneiros que se instalaram na região quando Ipanema deixou de ser ponto de veraneio eventual para se transformar em mais um bairro da cidade.
Meus pais vieram para cá do Interior, de Livramento, quando ainda era barato comprar terrenos. Eu e meu irmão gêmeo aprendemos a caminhar na areia.
MÁRCIA MORALES
Gestora cultural
— Meus pais vieram para cá do Interior, de Livramento, quando ainda era barato comprar terrenos. Eu e meu irmão gêmeo aprendemos a caminhar na areia. O pai e a mãe nos traziam aqui pra caminhar — relembra Márcia.
A moradora, já adulta, também viveu um ano em Bagé, mas não suportou a distância da praia porto-alegrense. A saudade da antiga casa era tanta que tinha um porta-retrato do Guaíba para lembrá-la de Ipanema no meio da Campanha. Hoje, a gestora cultural coordena o recém-criado projeto do Brique de Ipanema, que reúne até 50 expositores duas vezes por mês junto à orla.
Ipanema não é a única inspiração carioca nas praias de Porto Alegre. No bairro Belém Novo, há ainda um trecho conhecido como Leblon — onde estão as ruínas do antigo restaurante Poletto — e uma pequena prainha apelidada de Copacabana um pouco mais ao Sul. Os moradores comentam que o nome seria uma referência às belezas naturais do lugar, de onde se avistam ilhas e enseadas verdejantes.
Natureza selvagem atraiu Michele para o Sul
As belezas naturais da praia do Leblon e do Morro da Cuíca, em Belém Novo, atraíram há 15 anos a advogada Michele Rihan Rodrigues desde a Chácara das Pedras, no norte da cidade, para as lonjuras da Zona Sul extrema. Mudou-se decidida a não deixar mais o lado oposto da Capital. Encantou-se tanto com o arvoredo e a proximidade das águas do Guaíba que passou a militar no movimento ambientalista a fim de preservar o cenário que até então desconhecia. Ainda hoje, se encanta com as surpresas que a mata preservada lhe traz.
— Isso aqui é quase como um Jardim Botânico, em que a gente vê animais e plantas que não vê no resto da cidade. Há poucos dias avistei um bugio nas árvores — conta Michele.
A ativista se preocupa atualmente com a pressão imobiliária sobre a Zona Sul em contraposição à falta de investimentos públicos para dar conta das demandas de uma população crescente:
— Sofremos com falta d'água duas, três vezes por semana. É preciso planejar e contar com infraestrutura adequada.
Embora esse trecho da orla receba atenção renovada, sua ocupação é bastante antiga. A beleza natural e o clima bucólico atraem frequentadores desde o final do século 19. A procura pelo local, principalmente durante os períodos de calor e no Carnaval, quando recebia grandes bailes, fez com que a região ostentasse, décadas atrás, dois cinemas, bares, restaurantes e um um hotel-cassino que chegou a hospedar delegações de Inter, Grêmio e até da Seleção Brasileira.
Isso aqui é quase como um Jardim Botânico, em que a gente vê animais e plantas que não vê no resto da cidade.
MICHELE RIHAN
Advogada
Um pouco mais ao Sul, no Lami, a natureza ganhou refúgio permanente contra as pressões urbanas modernas. Uma reserva biológica tem a missão de preservar a fauna e a flora.
— Nessa área temos ambientes úmidos com linhas de areia que formam mata de restinga, com figueiras, orquídeas, bromélias, líquens, samambaias. Essa combinação de figueiras e rochas compõem jardins naturais lindos. Temos uma orla muito preservada no Sul. Visualizamos ali, ainda, a paisagem primitiva de Porto Alegre — analisa o biólogo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade João Roberto Meira.
Pescadores enfrentam a poluição para sobreviver
Em uma pequena clareira perdida em meio a vegetação característica do Belém Novo, na margem do Guaíba, há meia dúzia de barcos de madeira. Toda semana, são colocados na água e partem com a missão de garantir a subsistência das últimas famílias que conseguem viver da pesca na orla da Capital. Segundo a direção da Colônia de Pescadores Z5, de Porto Alegre, hoje existem cerca de 400 famílias dedicadas ao ofício na cidade, mas a grande maioria está localizada na região das ilhas. Calcula-se que cerca de 50 representantes da categoria ainda vivam na orla — onde enfrentam regras ambientais rígidas e o impacto da poluição para manter viva a profissão na metrópole.
Entre essas famílias resistentes está o casal Latifeh Alves Aziz, 41 anos, e Vladimir Malaquias da Silva, 45. Amazonense, ela veio para Porto Alegre há 26 anos e adotou o Guaíba como uma versão reduzida do Rio Amazonas de sua terra natal. A pescadora lamenta que a presença de resíduos de esgoto no manancial obrigue ambos a percorrer longas distâncias até encontrar água limpa onde podem soltar suas redes.
— A gente viaja umas duas horas e meia até encontrar um bom lugar de pesca. Mas também complica o fato de que a gente não pode acampar nas margens que são áreas de preservação, então não é fácil — conta Vladimir.
A gente viaja umas duas horas e meia até encontrar um bom lugar de pesca.
VLADIMIR MALAQUIAS
Pescador
Outra queixa é uma restrição à pesca de bagres, que são uma das espécies mais frequentes na região. Caso sejam flagrados com o peixe podem pagar pesadas multas e até acabar presos.
— Uma vez me pegaram com alguns bagres no barco e fui parar no Palácio da Polícia. É que às vezes o bagre vem junto na rede. Achamos que não é justa essa proibição — diz Vladimir.
A proibição foi determinada por um decreto estadual em 2014 como forma de preservar espécies ameaçadas após dois anos de discussão, mas é motivo de polêmica entre pescadores e governo. Apesar das dificuldades, a família pretende permanecer — literalmente — unida no ofício da pesca.
— Algumas vezes, saímos para pescar no barco eu, a Latifeh, nossa filha de 13 anos e até o cachorro, o Fiel.
Espécies comuns no Guaíba
- Bagre
- Tainha
- Piava
- Jundiá
- Traíra
- Grumatã