Pode haver algo de puro nos analfabetos, afinal assim nascemos e assim passamos a primeira infância, em um mundo de fantasia em que é normal se acreditar em deus, Papai Noel e amigo imaginário. Talvez possamos preservar na vida adulta a pureza da criança sem seus fantasmas, pois já sabemos o valor de livro e pensamento, e as vantagens de ser alfabético. Vivemos, todavia, em um pedaço do mundo tristemente analfabético, e pagamos caro por isso, pois restamos sem a graça da infância, somente com seus e nossos fantasmas.
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