Mais do que sonhar, o pintor de paredes Cláudio Costa, 52 anos, da Vila Safira, no Bairro Mario Quintana, Zona Norte de Porto Alegre, gosta de atitudes concretas.
Há dez anos, ele fundou no próprio pátio de casa uma ação que oferece mais de uma dezena de atividades culturais a crianças e adolescentes da Safira e a estudantes das três escolas da região. Por iniciativa do projeto, sozinho ou acionando o poder público, as ruas da vila ganharam placas com os nomes das ruas, vias receberam asfalto, muros ficaram coloridos por grafites e um lixão se tornou praça. A área de lazer recebeu o nome daquela que ele conheceu e decidiu perpetuar a história: Maria Francisca Gomes Garcia, a Vó Chica, parteira e benzedeira que foi uma líder na vila. Ela morreu em 1983, aos 107 anos.
O nome pelo qual era conhecida batizou o projeto. A partir dele, a história de Vó Chica ganhou o mundo e se tornou até livro didático, distribuído nas escolas do município. Há cinco anos, Cláudio e o amigo Paulo Ricardo Martins, 57 anos, produziram um boneco itinerante, semelhante aos do Carnaval de Olinda, para lembrar Vó Chica. Hoje, ele percorre as ruas da vila, da cidade e já esteve em dois Estados brasileiros.
Do desejo, ainda na adolescência, de ajudar índios na Amazônia, Cláudio fez o próprio projeto: auxiliar os que moram no bairro onde ele cresceu e vive até hoje.
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Mateus Bruxel
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