
Uma nova proposta para destravar a situação do estádio Olímpico e as obras do entorno da Arena passou a ser discutida. O assunto foi tratado em reunião realizada na quarta-feira passada (2) e que contou com a participação de todos que têm algum envolvimento com o tema.
A OAS 26, uma das donas do terreno da Arena do Grêmio, ofereceu abdicar da parte de área que receberá do estádio Olímpico. A ideia é ceder para a prefeitura.
Sendo aprovada a proposta, a prefeitura ficaria responsável pelas obras do entorno da Arena do Grêmio. Em troca, caberá à administração municipal liberar o Habite-se das torres do condomínio Liberdade e autorizar a construção de mais 11 torres na região.
Com os recursos da venda do terreno, a prefeitura pode viabilizar, enfim, as obras do entorno da Arena. Ficou acordado que os representantes da Caixa Econômica Federal, Grêmio, Ministério Público, Procuradoria-Geral do Município, Arena Porto-Alegrense, Metha, OAS e Karagounis seguirão discutindo para avançar na proposta.
— Neste aspecto, foi positivo, pois sempre tínhamos conversas parciais. Vamos estudar os cenários e ver o que é possível. A ideia seria um acordo amplo, que pudesse resolver o problema do Olímpico — informa o promotor Felipe Teixeira Neto, que participou da reunião.
O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, participou da reunião direto do Paraguai, antes do jogo contra o Sportivo Luqueño. Também esteve presente no encontro o vice-presidente do Conselho de Administração do clube, Eduardo Magrisso.
— O Grêmio é o único adimplente de todos que estavam na mesa. O Grêmio cumpriu todas as suas obrigações. O Grêmio gasta uma fortuna anualmente para manter o Olímpico, a segurança, a limpeza, paga os impostos. O Grêmio não deixou de cumprir nenhuma das obrigações que foram impostas e espera que as outras partes consigam resolver o imbróglio em que se meteram. O Grêmio vai ser colaborativo com as propostas que não venham a atingir direitos do Grêmio — destacou Magrisso.
A OAS 26 é uma empresa do grupo Coesa, que comprou a parte imobiliária da OAS e que está em recuperação judicial. Dessa forma, a proposta também poderá ter de passar por avaliação da Justiça de São Paulo.
A coluna também procurou representantes da Procuradoria-Geral do Município, OAS26, Arena do Grêmio e Karagounis e aguarda resposta.
Área por Área
Quando ocorrer a troca de chaves do Olímpico e da Arena, a OAS 26 ficará responsável pela parcela do terreno do antigo posto de combustível, pela área do Largo dos Campeões e parte do estádio. Já a Karagounis receberá a parte onde estão piscinas, ginásio, churrascaria e o restante do Olímpico. Separando as duas áreas, uma rua será criada para ligar as avenidas Gastão Mazeron e Carlos Barbosa. Duas praças serão construídas também pela prefeitura.