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Um dos suspeitos de ter participado do ataque a cinco ônibus e uma lotação, na noite de ontem em Porto Alegre, foi preso pelo 21º Batalhão da Brigada Militar na manhã desta quarta-feira (2). O homem foi abordado em uma moto na Rua Manoel Farias da Rosa Primo, no Bairro Restinga.
De acordo com a BM, o veículo estava com adulteração no chassi. O suspeito e a moto serão apresentados na 16ª Delegacia de Polícia da Capital.
Este mesmo veículo aparece em filmagem comprando gasolina em um posto de combustível durante a noite de ontem. Segundo as investigações, uma outra moto foi usada para abordar os ônibus e a lotação atacados.
Ataques a ônibus
Cinco ônibus e uma lotação foram incendiados na noite de ontem em Porto Alegre. Os primeiros ataques foram registrados na Avenida Oscar Pereira. Depois disso, um coletivo prestes a entrar na garagem foi queimado na altura da rua Eduardo Prado. Um ônibus na Restinga, e outros dois na rua Ventos do Sul também foram incendiados.
A Polícia Civil investiga se os ataques aos coletivos têm relação com uma rebelião ocorrida ontem na Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas. Hoje, o secretário da Segurança, Wantuir Jacini, disse que vai propor o uso da Força Nacional de Segurança dentro dos presídios.
Somente neste ano, segundo balanço da Rádio Gaúcha, 12 ônibus foram incendiados em Porto Alegre.
Investigações de outros casos
O delegado regional de Porto Alegre, Cléber Ferreira, afirma que já tem suspeitos identificados aos ataques ocorridos em abril, no Bairro Lomba do Pinheiro, e em setembro, na Cruzeiro do Sul. Apesar de não ter ocorrido prisões, ele diz que as investigações estão avançadas em relação a estes casos e sobre outros quatro atentados envolvendo ônibus incendiados.
Também em setembro foram queimados dois ônibus e uma lotação no Morro Santa Tereza e outro coletivo foi queimado no mês de outubro na Vila Jardim, zona norte da Capital.
"Em relação aos ataques de ontem, a investigação é prioridade e o serviço de inteligência está concentrando todas as informações", afirma.
A polícia disponibiliza o telefone (51) 3288 2463 para que as pessoas denunciem envolvidos nos ataques. A identidade será preservada.