A greve dos municipários, que já dura 13 dias, vai completar duas semanas. Mesmo após pressionar e conseguir reunião com a prefeitura no final da tarde desta segunda-feira, os grevistas não aceitaram a proposta apresentada pelo vice-prefeito Sebastião Melo e decidiram seguir com a paralisação.
Na manhã de terça-feira, a categoria vai realizar mais uma assembleia, marcada para as 8h30min, em que vai discutir os rumos da mobilização.
Segundo a diretora de Comunicação do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Carmen Padilha, o principal motivo que pesa na insistência da greve é a proposta de reajuste salarial escalonada, o chamado "efeito cascata". Os municipários pedem "aumento integral sem perdas do parcelamento".
- A reunião foi ruim, não nos apresentaram nenhum avanço - avaliou Carmen.
Saiba quais são as reivindicações dos municipários
Mais cedo, a prefeitura havia cancelado o encontro com a categoria por causa da interrupção da Rua Siqueira Campos durante um protesto pela manhã. Mas os grevistas foram até a Câmara Municipal, onde conseguiram apoio de vereadores, e, em seguida, o Executivo aceitou receber representantes dos municipários.
Os grevistas reivindicam reajuste salarial em uma só parcela, de 8,17%, enquanto o governo acena com o pagamento em três vezes. Os municipários também querem o cancelamento dos descontos pelos dias parados e a confecção de um projeto de lei que ataque o efeito cascata nos salários da categoria sem gerar perdas financeiras.
* Zero Hora