As negociações entre os servidores municipais e a prefeitura de Porto Alegre serão retomadas nesta segunda-feira. Está marcada para às 8h uma nova reunião entre o governo municipal e a categoria, que está há doze dias em greve na Capital. A expectativa é de que haja avanços em relação ao projeto de lei que trata sobre o fim do efeito cascata nos salários dos servidores.
As diretrizes do projeto foram analisadas durante o fim de semana pelo comando de greve do Sindicato dos Municipários. Segundo o diretor-adjunto do Simpa, Raul Giacoboni, a matéria apresentada pela prefeitura não prevê perdas salariais para a categoria - proposta que agradou os municipários.
- Nós decidimos manter a nossa greve que vem crescendo em áreas que ainda não tinham assumido essa posição e ao mesmo tempo apostando na negociação - disse Giacoboni.
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Antes de ser encaminhado à Câmara de Vereadores, o projeto de lei ainda precisa do aval do prefeito José Fortunati. Após as negociações desta segunda, os municipários realizarão uma nova assembleia, na terça-feira, para definir os rumos da paralisação.
Outras reivindicações
O corte do ponto dos servidores e o parcelamento do reajuste salarial ainda são pontos que podem engrossar a greve dos municipários na Capital. Em entrevista ao Gaúcha Faixa Especial, o vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, descartou a possibilidade de voltar atrás nos descontos pelos dias parados. Melo também afirmou que a única alternativa para o pagamento do reajuste é que ele seja feito em três parcelas - uma agora, outra em dezembro e a última em março de 2016.
- O Brasil vive uma crise enorme, a população sabe disso. Nós não temos como pagar os 8,17% de uma vez só, somente parcelado. O que pode acontecer é que, se aumentar a arrecadação neste ano, nós podemos antecipar as parcelas - reafirmou Melo.
Na última assembleia, a categoria decidiu que irá manter a reivindicação de pagamento integral do reajuste de 8,17% e também questionar a prefeitura sobre como ficará a recuperação das aulas nas escolas municipais com o desconto salarial dos dias em greve.