Quarenta e três minutos e algumas gotas de suor. Esse é o resultado de uma pedalada da zona sul de Porto Alegre até a área central da cidade. Na comparação com o ônibus a bicicleta sai ganhando. O trajeto feito pelo coletivo, no mesmo horário, levou quatro minutos a mais. A diferença é pouca, mas o suficiente para encorajar quem ainda pensava que ir para o trabalho pedalando era mais demorado.
A reportagem da Rádio Gaúcha fez um teste de mobilidade na capital na manhã desta quinta-feira (12). Além da bicicleta e do ônibus, fizemos o mesmo trajeto de carro. O veículo particular foi o mais rápido no percurso, foram 23 minutos. O tempo mostra que a cidade prioriza os automóveis, tanto no que diz respeito ao espaço destinado nas vias, como na falta de ciclovias e corredores de ônibus. Resta ao usuário do transporte público, planejar bem a saída de casa para não ficar preso no trânsito. Anderson Alves é morador da zona sul e sabe bem a diferença que faz reservar poucos minutos no início da manhã.
- Se eu conseguir sair 10 minutos antes das 7h, eu chego na empresa 7h30. Quando eu pego ônibus 7h15, eu chego até 8h20. É quase uma hora depois, simplesmente por ter pego um ônibus depois - estima.
Quem opta pela bicicleta ainda precisa enfrentar um problema. Mesmo com a prova de que ela cumpre o papel de meio de transporte, ainda é preciso que as empresas se adaptem à nova tendência. A maioria delas ainda não dispõe de bicicletários e vestiários para os funcionários que chegam cansados da rua.
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Cid Martins fez o percurso de bicicleta:
Renata Colombo percorreu de ônibus:
Évelin Argenta veio da zona Sul de carro:
Confira os caminhos percorridos pelos repórteres: