
O Supremo Tribunal Federal (STF) intensificou as medidas de segurança às vésperas do julgamento da Primeira Turma sobre a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete acusados de envolvimento na tentativa de golpe de Estado, que ocorre nesta terça-feira (25).
A sala da Primeira Turma ganhou atenção especial no monitoramento nesta segunda-feira (24) onde a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acontecerá.
O esquema comandado pela Polícia Judicial também será efetuado no plenário da Corte, e em outros lugares da sede do STF. A Corte também ampliou o número de aparelhos raio-x instalados no hall do prédio.
Em nota, a Polícia disse que trabalhará com apoio da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal e outros órgãos parceiros.
"Entre as ações estão maior controle de acesso, monitoramento do ambiente, policiamento reforçado e equipes de pronta resposta para emergências. O objetivo é assegurar a realização do julgamento e garantir a segurança de servidores, colaboradores, advogados e imprensa", informou a Corte por meio de nota.
O plenário da Primeira Turma tem um espaço menor comparado ao plenário tradicional. O STF reservou uma sessão extra de análise da denúncia caso o julgamento não seja finalizado na terça-feira.
Cinco ministros
A Primeira Turma é composta por Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Os ministros do STF vão decidir que tornam Bolsonaro e outros sete denunciados réus no processo.
Além do ex-presidente, serão julgados o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o almirante e ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general da reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência da República Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general da reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto.
Eles foram denunciados por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Como será o julgamento
O ministro Zanin abrirá a sessão e dará a palavra ao relator do caso, Alexandre de Moraes, responsável pela leitura do relatório. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá 30 minutos para expor os fundamentos que sustentam a acusação. Após sua manifestação, os advogados dos réus apresentarão suas sustentações orais, contestando os argumentos da PGR.