
O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta segunda-feira (31) que sempre utilizou aviões de companhias aéreas para o seu deslocamento e que prefere utilizar esses voos do que se deslocar com o uso das aeronaves de propriedade do governo do Estado.
— Eu sempre usei voos de carreira, faço questão de usar, prefiro usar os grandes aviões de carreira do que usar aeronaves pequenas para o meu deslocamento, sempre sendo muito bem acolhido pelas pessoas nos aeroportos, com muita alegria, ouvindo demandas que eventualmente se apresentam — afirmou o governador.
O plano de compra do avião a jato pelo governo do Estado tem gerado desgaste político para Leite. Atualmente, o Rio Grande do Sul tem dois aviões turboélice.
Em resposta à reportagem, Leite afirmou que, do total de horas de uso das duas aeronaves atuais, menos de um quinto é destinado a deslocamentos do próprio governador.
— Não há nenhum pedido de compra de aeronave para uso do governador, como não há nenhuma aeronave de uso exclusivo do governador. Todas as aeronaves que o Estado tem são utilizadas como multimissão e o uso pelo governador corresponde a menos de um quinto do uso total das horas voadas nessas aeronaves — explicou Leite.
Ainda conforme o tucano, o pedido de compra de uma nova aeronave partiu da Secretaria Estadual da Saúde (SES), defendendo que não se trata de um dinheiro gasto para luxo do chefe do Palácio Piratini. De acordo com Leite, ainda não há definição sobre a compra e, se for efetivada, sobre a origem do dinheiro.
— Então, não faz nenhum sentido ter um debate político agora estabelecido, de que eventualmente isso seria um luxo. Não é, insisto. Se for adquirida (a aeronave), não será adquirida para uso do governador, é usada em uma situação multimissão. O Estado tem, segundo a Secretaria da Saúde e com respaldo do Hospital de Clínicas, eventualmente perdido transplantes porque não tem aeronave capaz de fazer a busca desses órgãos — ressaltou Leite.
O governo do Estado considera utilizar recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) — criado para ser utilizado na reconstrução após a enchente — para a compra da aeronave.
— Como na enchente nós tivemos uma situação, sim, de desafios para transplantes de órgãos, levar equipes para outras localidades, isso abriu a discussão de que eventualmente aqueles recursos (do Funrigs) pudessem ser utilizados — acrescentou o governador.
Atualmente, o governo do Rio Grande do Sul tem um King Air bimotor e um Cessna Grand Caravan monomotor.