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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira (11), que o governo brasileiro está acompanhando a decisão do governo norte-americano para saber a "minúcia" do anúncio de taxação do aço e do alumínio que entram nos Estados Unidos. Haddad apontou que a imposição não é específica contra o Brasil e disse ainda não saber qual é a disposição dos EUA para negociar.
O ministro defendeu, contudo, que a linha brasileira é a mesma proposta na presidência do G20, em que o país defendeu uma "globalização sustentável". Segundo ele, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) está organizando as informações sobre o tema para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
— Nós estamos imaginando voltar para a mesa de negociação com propostas nessa direção — disse Haddad sobre o contexto geral da relação com as nações, ao citar a avaliação de que medidas unilaterais como as tomadas pelos EUA são contraproducentes para a melhoria da economia global.
O ministro também mencionou que o governo está observando as implicações que a decisão de Trump terão, assim como as reações de países como México, Canadá e China. Ele lembrou ainda que, em 2018, os EUA recuaram de impor a sobretaxa sobre o aço brasileiro ao aceitarem o sistema de cotas.
— Então, por isso que o MDIC está fazendo essa avaliação, para levar para o presidente o quadro geral e nós vamos avaliar conjuntamente — disse Haddad, segundo quem o Itamaraty também está envolvido.
Ele mencionou a diplomacia ao ser perguntado sobre o movimento de países que já procuraram Trump para negociar.
— O Itamaraty está envolvido também. Não posso responder pelo Itamaraty, cada ministério está fazendo a sua parte, mas o MDIC está centralizando para levar o presidente e à Casa Civil com uma opinião a respeito — concluiu Haddad, que espera poder receber o setor afetado no retorno de sua viagem ao Oriente Médio.