Ao abrir a Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (24), o presidente Jair Bolsonaro exibiu contradição ao criticar o acordo que permitiu em 2013 a vinda de médicos cubanos para o programa Mais Médicos. No discurso, ele afirmou que os profissionais foram proibidos pelo governo brasileiro de trazer as famílias para o país. Todavia, o próprio Bolsonaro foi contra a vinda de parentes dos médicos para o Brasil e tentou impedi-los de trabalhar no território nacional.
— Em 2013, um acordo entre o governo petista e a ditadura cubana trouxe ao Brasil 10 mil médicos sem nenhuma comprovação profissional. Foram impedidos de trazer cônjuges e filhos, tiveram 75% de seus salários confiscados pelo regime e foram impedidos de usufruir de direitos fundamentais, como o de ir e vir. Um verdadeiro trabalho escravo, acreditem... — disse o presidente na tribuna do principal fórum de discussões globais.
Pronunciamento na ONU
Bolsonaro se contradiz ao criticar vinda de médicos cubanos
Quando era deputado, o agora presidente da República era contra presença no país de familiares dos profissionais