O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, comparou a nazistas aqueles que estariam propagando "duas mentiras" sobre sua recente fala que relaciona o apoio à reforma da Previdência à liberação de crédito dos bancos públicos.
— É como o nazismo, em que uma mentira que se repete à exaustão se transforma em verdade — disse Marun, em evento ao lado do presidente da Caixa, Gilberto Occhi.
O ministro disse que há uma "trajetória de hipocrisia e mentira que tenta se estabelecer com muita força". As mentiras estariam sendo determinadas pela propagação do discurso "politicamente correto", disse.
Na avaliação de Marun, a primeira mentira é que "a Caixa é só um banco como é o Bradesco".
— A Caixa existe para executar políticas públicas. Mente quem fala isso (que a Caixa é só um banco) — disse. — A outra mentira é que eu estaria chantageando, condicionando (a liberação de crédito dos bancos públicos) — disse o ministro, que provocou quem o acusa a "mostrar, separar naquela entrevista" sua fala sobre a chantagem.
— Não vão achar — disse.
A uma plateia esvaziada para assinatura de contratos de financiamento de saneamento básico em quatro Estados, o ministro questionou os presentes no Ministério das Cidades:
— Quem aqui foi procurado condicionando a liberação dos recursos à aprovação da Previdência? A verdade é que não está sendo condicionado.
Apesar de rechaçar a hipótese, o ministro disse que o governo não deixará de pedir apoio à reforma em tramitação no Congresso.
— Não abrirei mão de pleitear a todos os agentes essa ação, essa atitude de responsabilidade que é a aprovação da reforma da Previdência — disse Marun.