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Uma recente proposta de ampliação de benefícios fiscais ao setor automotivo no Estado foi apresentada para executivos da Toyota Motors, em um jantar na noite de segunda-feira (5), em Tóquio. Entre os 10 pratos servidos em um restaurante tradicional japonês, os termos pretendidos pelo Piratini foram explicados. A comitiva gaúcha no Japão mira a ampliação dos investimentos da montadora, que já opera um centro de distribuição e produção de peças em Guaíba, na região metropolitana de Porto Alegre.
– O projeto que altera as regras do Fundopem (Fundo Operação Empresa do RS) permite que a montadora que se instalar no Estado tenha benefícios fiscais, mesmo com fornecedores que não estejam em torno de seu site (planta física). Hoje isso não é permitido – relata o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT), Márcio Biolchi.
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Se aprovada, a lei passará a valer para todas as empresas. Neste momento, o Piratini tem um objetivo específico em relação à Toyota. O investimento da companhia na construção de uma linha de montagem da Hino Trucks, empresa do grupo responsável pela produção de caminhões e ônibus.
O momento é propício, no entendimento dos gaúchos, já que a política de incentivo à indústria automobilística será modificada a partir do próximo ano. A expectativa é que a transferência de tecnologia ao país receba maior estimulo. A expectativa quanto às novas regras poderá fazer com que os japoneses aguardem as definições do Governo Federal para dar prosseguimento à possíveis investimentos no Brasil.
Programa
As mudanças integram um programa criado pela SDECT há cerca de um mês, batizado de Mult, iniciais de mobilidade urbana, Logística e Transporte. A intenção é desenvolver estratégias para fomentar essas áreas e novas alterações na relação do governo gaúcho com as empresas do setor automotivo devem ser propostas em breve.
Incentivo
O texto que amplia os benefícios fiscais para o setor automotivo (PL 88/2017) chegou à Assembleia Legislativa há cerca de 15 dias e não tem previsão para ser votado. Na prática, a montadora que se instalar no Estado poderá receber abatimentos mesmo se comprar de pequenas fábricas gaúchas, que não sejam suas sistemistas pré-listadas. A regra valeria apenas para novos empreendimentos.
*RÁDIO GAÚCHA