A senadora Gleisi Hoffmann arrolou como testemunhas de defesa a ex-presidente Dilma Rousseff e a ex-presidente-executiva da Petrobras Maria das Graças Foster, na ação no Supremo Tribunal Federal (STF) em que é ré na Lava-Jato.
Cabe agora ao ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo, decidir se autoriza ou não que sejam colhidos os depoimentos.
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Além de Graça Foster, que foi presidente-executiva da Petrobras entre janeiro de 2012 e fevereiro de 2015, e Dilma, de cujo governo Gleisi foi ministra-chefe da Casa Civil entre junho de 2011 e fevereiro de 2014, a defesa pediu também a inclusão do senador Roberto Requião (PMDB-PR) entre as testemunhas de defesa.
Apesar de ser do mesmo partido do presidente Michel Temer, Requião votou contra o impeachment de Dilma Rousseff e hoje mantém postura de oposição ao governo no Congresso.
Outras testemunhas arroladas pela defesa de Gleisi Hoffmann foram o coordenador e o tesoureiro de sua campanha em 2010, José Augusto Zaniratti e Ronaldo da Silva Balthazar; Beto Ferreira Martins Vasconcelos, que foi secretário-executivo da Casa Civil enquanto Gleisi era ministra; e Ivo de Motta Azevedo Corrêa, que foi assessor da Casa Civil.
A senadora e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, se tonaram réus no STF em setembro do ano passado. Eles foram acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de terem recebido R$ 1 milhão para a campanha da senadora em 2010.
De acordo com depoimentos de delatores na Lava-Jato, o valor é oriundo de recursos desviados de contratos da Petrobras. Ambos foram citados nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
*Agência Brasil