
Com um pé no PSD, o governador Eduardo Leite confirmou na tarde desta quarta-feira (16) que decidirá seu futuro partidário até 30 de abril, como a coluna já havia previsto. Em resposta à publicação da jornalista Ana Flor, de que ele assinará ficha no PSD no dia 6 de maio, Leite disse à coluna que segue conversando e que não tem data marcada.
— Meu único compromisso no dia 6 de maio é o aniversário do secretário Artur Lemos — disse à coluna.
Nas redes sociais, Leite publicou nota dizendo que “o PSDB vive um momento de reflexão e discussão sobre seu futuro, o que é natural diante dos desafios que o sistema eleitoral impõe”. O desafio a que Leite se refere é ultrapassar a cláusula de barreira em 2026, para continuar tendo direito aos fundos partidário e eleitoral e ao tempo de propaganda no rádio e na TV.
Leite não gostaria de simplesmente trocar de partido. Trabalhou para que todo o PSDB caminhasse para o mesmo lado, mas a diáspora que começou após os resultados eleitorais desastrosos de 2022 e 2024 se acelerou.
Diante do fracasso das negociações para fusão com o Podemos, o mais provável é que Leite e um grupo de tucanos migrem para o PSD, mas não serão todos. Os deputados, por exemplo, avaliarão em que partido têm mais chances de se eleger. Alguns seguirão com Leite, outros irão para Republicamos, PP e MDB. Até o PL pode herdar alguns dos órfãos tucanos.
Confira a nota de Leite:
“Há 24 anos estou filiado no PSDB, onde encontrei um espaço de formação política e compromisso com valores que sempre me guiaram: responsabilidade fiscal, busca por justiça social e respeito à democracia. O partido vive um momento de reflexão e discussão sobre seu futuro, o que é natural diante dos desafios que o sistema eleitoral brasileiro impõe. Em respeito à história que construímos juntos, qualquer decisão sobre meu futuro partidário será tomada apenas após a conclusão desse processo interno, que terá um desfecho até o fim do mês de abril.”