O presidente Michel Temer tentou, nesta segunda-feira, incentivar empresários estrangeiros a investir no Brasil, que, para o novo governo está "mais estável e mais próspero".
Segundo o presidente, que discursou na abertura do evento Rio Oil & Gas 2016 para empresários do setor, após uma crise muito aguda, o governo toma medidas para "criar um ambiente muito favorável aos negócios".
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No discurso, Temer quis enfatizar as melhorias da sua gestão na Petrobras.
– A Petrobras era o símbolo de algo que estava completamente desajustado (...) e hoje é uma das empresas mais ajustadas do país – ressaltou o presidente, acrescentando que a companhia nos últimos meses teve uma revalorização de 137% no mercado.
Temer advertiu, contudo, que o novo rumo liberal e aberto ao mercado característico de seu governo precisa do apoio do Congresso e deve acontecer "em conjunto com a iniciativa privada".
Aos investidores, o presidente destacou o projeto que abre as portas à iniciativa privada para explorar os campos do pré-sal e reafirmou a "segurança jurídica" das empresas no país, com as novas leis como as que prevem a autonomia para as agências reguladoras.
– Este é o novo Brasil que estamos construindo: mais moderno, mais estável e mais próspero – enfatizou.
Embora o presidente seja bem visto pelo mercado, sua popularidade é baixa e alguns de seus colaboradores e aliados são citados ou investigados no escândalo de corrupção da Petrobras.
Pedro Parente
O presidente Temer elogiou a administração do engenheiro Pedro Parente à frente da Petrobras e a aprovação, por parte do Congresso Nacional, do projeto de lei que retira a obrigatoriedade da participação da Petrobras na exploração do petróleo do pré-sal, tirando da empresa a condição de exploradora única.
Temer disse que a nova gestão deu maior credibilidade à Petrobras, colocou a empresa no caminho certo de uma "administração equilibrada" e já possibilitou a recuperação do preço de mercado da estatal, que passou de R$ 101 bilhões para R$ 240 bilhões, o que representa uma valorização de 137%.
Diálogo
Michel Temer disse que "diálogo" é a palavra-chave que pauta seu governo e, por isso, conseguiu aprovação expressiva na primeira votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que cria o teto para as despesas públicas, na Câmara dos Deputados.
– Nosso governo se pauta por uma palavra-chave: diálogo – afirmou. – Sem muito esforço, bastou conversar um pouco com o Congresso – comentou, referindo-se à negociação em torno da PEC.
Temer destacou que "quem governa não é o Executivo, mas o Executivo conectado com o Legislativo e o Judiciário".
– Temos tido sucesso no apoio no Legislativo brasileiro – afirmou.
*ZH com agências