A Justiça Eleitoral determinou que a candidata à prefeitura de Canoas Beth Colombo (PRB) comprove a origem lícita do dinheiro apreendido em seu comitê e na casa do ex-tesoureiro da sua coligação, Guilherme Ortiz. Na quinta-feira, operação da Polícia Federal (PF) recolheu mais de R$ 500 mil por suspeita de irregularidades na arrecadação de campanha.
Foram encontrados R$ 176,7 mil em dinheiro e R$ 50 mil em cheque em uma mochila que seria de Ortiz. Na residência dele, a PF disse ainda ter localizado mais R$ 300 mil. O Ministério Público (MP) havia ajuizado uma ação cautelar para que a candidata informasse a idoneidade dos valores.
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Beth declarou à Justiça Eleitoral ter recebido R$ 190,85 mil em recursos para a campanha. Segundo o promotor eleitoral João Paulo Fontoura de Medeiros, que assina a ação, a candidata precisa regularizar a origem da cifra apreendida.
A comprovação da origem do dinheiro pode ser feita por meio da apresentação de recibos que demonstrem o recebimento dos recursos por meio de doações legais. As despesas contratadas pela coligação Bloco do Orgulho Municipal somam R$ 282.130,44, sendo R$ 125.512,44 a quantia quitada.
Na tarde de domingo, novas buscas foram realizadas em comitês vinculados à candidata do PRB, apoiada pelo atual prefeito, Jairo Jorge (PT). Agentes da PF buscavam panfletos que acusam o candidato à prefeitura de Canoas Luiz Carlos Busato (PTB), adversário de Beth, de participar de uma tentativa de fraude em urnas eleitorais. Há duas semanas, a PF descobriu que estelionatários tentaram vender a candidatos de diversas prefeituras gaúchas um esquema que falsificava a apuração das votações.
A assessoria de imprensa do Bloco de Orgulho Municipal divulgou uma nota, no fim da tarde desta segunda-feira, informando que apresentará as informações solicitadas dentro do prazo.
"A coligação recebeu a notificação da ação cautelar e vai prestar as informações em juízo no prazo determinado. A candidata Beth Colombo, o PRB e a coligação Bloco do Orgulho Municipal, composta por outros 13 partidos, confiam que os fatos deverão ser apurados", diz a nota.