O pecuarista José Carlos Bumlai voltou na manhã desta terça-feira para a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba, por determinação do juiz Sergio Moro, responsável pelas investigações da Operação Lava-Jato.
O magistrado ordenou que ele se reapresentasse à carceragem da Polícia Federal em Curitiba, alegando que os atestados apresentados para justificar a prisão domiciliar são vagos e não trazem previsão de alta.
Moro levou em consideração também indícios de que Bumlai "auxiliou terceiros a subornar criminoso a fim de evitar que esse celebrasse acordo de colaboração premiada".
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Bumlai é investigado pelos crimes de lavagem de dinheiro e ocultação de bens e teve a prisão preventiva decretada em novembro de 2015, na 21ª fase da Lava-Jato, batizada de Operação Passe Livre. Em março deste ano, ele teve permissão para cumprir detenção domiciliar, por causa do tratamento de um câncer.
Investigação
Bumlai, que é apontado pelos investigadores como amigo pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é suspeito de ter contraído um empréstimo de R$ 12 mi junto ao Banco Schahin com o objetivo de financiar gastos do PT.
Posteriormente, o Grupo Schahin firmou um contrato de US$ 1,6 bi com a Petrobras para a operação de um navio sonda. A força-tarefa da Lava-Jato suspeita que o negócio tenha sido uma compensação para que não fosse cobrada a dívida assumida por Bumlai, que nunca pagou o empréstimo.