O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta terça-feira, manter preso o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada. O executivo foi condenado na Lava-Jato pelo juiz Sergio Moro e recorreu ao STF para aguardar a decisão final sobre seu processo em liberdade.
Ele foi condenado a 12 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e associação criminosa. Ao proferir a sentença, Moro incluiu novos fundamentos e justificou a manutenção da prisão preventiva decretada contra Zelada desde julho do ano passado.
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Como o habeas corpus no Supremo tratava do decreto de prisão publicado antes da condenação e também da nova decisão de mantê-lo preso, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, havia se manifestado para que o recurso fosse rejeitado. A decisão foi tomada por unanimidade pela Segunda Turma do STF, que julga os processos da Lava-Jato na Corte.
Zelada foi preso após tentar esconder propina no principado de Mônaco com o objetivo de impedir o bloqueio dos valores. Segundo os investigadores, entre julho e agosto de 2014, após a deflagração da Lava-Jato, o executivo transferiu da Suíça para uma nova conta no principado europeu cerca de R$ 25 milhões.