Pela primeira vez na legislatura, os vereadores de Caxias debateram um projeto de lei na primeira das duas discussões previstas pelo regimento. Foi nesta quinta-feira (15), em uma proposta do Executivo para corrigir uma lei de 2024 que autoriza o município a contratar US$ 40 milhões do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF). O montante será utilizado para a transformação digital do município.
Ocorre que o nome jurídico da instituição é Corporação Andina de Fomento (daí a sigla CAF) e é essa denominação que precisa constar no contrato de financiamento. O vereador Claudio Libardi (PCdoB) tentou aproveitar a oportunidade para retomar a discussão sobre o empréstimo em si, que representaria, segundo ele, 60% da dívida do Caso Magnabosco.
Ele propôs o adiamento de um dia, que foi rejeitado. O objetivo era apresentar uma emenda para obrigar o município a emitir relatórios sobre o uso dos recursos. Libardi acabou apresentando a emenda no próprio plenário, o que devolve automaticamente o projeto para análise das comissões.
Unanimidade

Zoraido Silva foi saudado pelos integrantes da atual legislatura durante a sessão desta terça-feira (15). Ele esteve na Câmara para acompanhar as discussões.
Além dos cumprimentos individuais, o ex-vereador e ex-secretário municipal também foi aplaudido por todo o plenário quando foi mencionado pelo presidente da Casa, Lucas Caregnato (PT). Zoraido também foi recepcionado pelo filho, o vereador Cristiano Becker (PRD).
Zoraido foi vereador por seis mandatos e presidente da Câmara em três ocasiões. No Executivo, foi secretário municipal do Desenvolvimento Urbano em Caxias e diretor comercial da Farmácia do Ipam.
Assunto morreu
Vereadores da base governista buscam virar a página da polêmica a respeito do início das autuações por excesso de velocidade no sistema de cercamento eletrônico em Caxias. Desde a última quarta-feira (9), quando o secretário-adjunto de Trânsito, Alfonso Willembring, mencionou o início da fiscalização em 1º de junho, a oposição tem encontrado espaço para explorar o assunto.
Na sessão desta quinta-feira (15), em aparte a um discurso de Hiago Morandi (PL) sobre o assunto, o vereador Elói Frizzo (PSB) disse que não dá para "crucificar" Willembring no que ele classificou como um ato falho.
— A gente percebeu que foi na emoção ali, botou uma data que possivelmente estejam imaginando lá na secretaria — justificou.
Frizzo disse ainda que a manifestação do prefeito Adiló Didomenico "está clara e não cabe mais discussão". Adiló negou a data de início das autuações e disse que qualquer medida depende de plano de redução de acidentes e sinalização.
— Esse assunto, pra mim, com a manifestação do prefeito, morreu — finalizou.
O vice-líder do governo, vereador Wagner Petrini (PSB), foi na mesma linha e classificou o episódio como "equívoco".
Mas...
Frizzo considerou justa a reivindicação de Hiago de que a Secretaria de Trânsito apresente as justificativas técnicas dos locais de instalação dos controladores. Seria uma forma de deixar claro quais os critério utilizados para decidir cada ponto.