
"Quem achava que era o prefeito tatu no primeiro mandato, aguarde todas essas obras, vocês vão ver o que vai ser Caxias". Foi com essa fala que o prefeito Adiló Didomenico defendeu as obras estruturais do seu governo durante a RA CIC Caxias, na manhã desta quarta-feira (19). Confira alguns dos outros destaques da palestra.
Infraestrutura
Uma das cobranças do presidente da CIC Caxias, Celestino Loro, foram obras estruturantes para o desenvolvimento da cidade. De acordo com o prefeito, serão investidos em torno de R$ 150 milhões em obras de contenção de alagamentos na cidade e no interior, principalmente na região de Galópolis e de Vila Cristina.
Além disso, reforçou a construção de seis reservatórios de amortecimento de cheias, os chamados piscinões, no valor aproximado de R$ 40 milhões. Suas localizações são em bairros estratégicos, como De Lazzer, Petrópolis e Nossa Senhora das Graças.
A pavimentação urbana também integra o pacote de melhorias, com um financiamento de R$ 40 milhões destinados à recuperação de 66 ruas, das quais boa parte já tiveram as obras concluídas.
Sobre obras de grande porte, Adiló frisou que o representante de Caxias em Brasília, Mauro Pereira, está articulando uma reunião com o Ministro dos Transportes, Renan Filho, para tirarem os projetos do papel, como o viaduto da BR-116 com a Perimetral.
No setor aéreo, o Aeroporto Hugo Cantergiani passa por melhorias na pista que, segundo Adiló, devem terminar ainda nesta semana. Também há uma previsão de ampliação da área de embarque e de desembarque, com investimentos que somam R$ 15 milhões.
Quanto ao aeroporto em Vila Oliva, Didomenico disse que o projeto aguarda orçamentação da Secretaria Nacional da Aviação Civil (SAC). Contudo, há uma nova questão que está rodeando o tema depois que o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) solicitou mais estudos arqueológicos na área. O órgão federal quer ter certeza de que não há vestígios indígenas no terreno que passará pelas obras do empreendimento.
Saúde
A prefeitura projeta a construção de quatro novas unidades básicas de saúde (UBSs) e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na Zona Sul. Segundo o prefeito, ele busca uma área na região do bairro Esplanada para o projeto da UPA. Além disso, frisou a implementação da telemedicina, com a NXT Telessaúde responsável pelo serviço, com início das operações no primeiro semestre de 2025.
Educação
Outro projeto em fase de análise no Tribunal de Contas do Estado é a parceria público-privada (PPP) da Educação, que prevê a implantação de 31 novas escolas infantis.
— Esse é um problema sério. Há muitos anos a gente teve quase 3 mil crianças aguardando vagas. Com esse projeto, teremos em torno de 7 mil novas vagas. Nós vamos zerar a falta de creche e vamos ter alguma folga como reserva técnica para o crescimento da cidade — destacou o prefeito.
Força-tarefa do Bolsa Família e moradores de rua
O prefeito também destacou a atuação da força-tarefa que realizou 596 abordagens a pessoas em situação de rua, com 121 acolhimentos, além das visitas domiciliares às famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família. De um total de 359 visitas realizadas, houve 181 bloqueios/cancelamentos no benefício por irregularidades, revelou o prefeito.
Caso Magnabosco
De acordo com o prefeito, o acerto do Caso Magnabosco é essencial para assim, conseguir investimento para as estradas do interior.
— Nós temos proposta de financiamento tanto do Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF) como de um banco chinês. Agora o vice-prefeito (Edson Néspolo) tem percorrido o interior, combinado com os subprefeitos, levantando possíveis trechos, mas, antes de bater o martelo, precisamos encaminhar o Caso Magnabosco. Temos que ter sempre em mente a nossa capacidade de pagamento. Caxias hoje é A+, é a melhor condição de qualquer município do país para endividamento. Agora, eu não posso me endividar além da minha capacidade de pagamento — destacou Adiló.
Já sobre as negociações do acerto, o prefeito destacou que ainda está em discussão entre os procuradores municipais e representantes do fundo credor inglês que adquiriu a dívida da família.
— O prefeito não se envolve porque é um assunto muito delicado e a gente precisa que esse assunto seja muito transparente para toda a sociedade, para o Ministério Público, o Tribunal de Contas e a Câmara de Vereadores — salientou Didomenico.