Ainda não há data para a sessão que irá analisar o parecer da Comissão Processante pelo arquivamento do pedido de impeachment do prefeito de Caxias do Sul. A Presidência da Câmara ainda não deliberou. A tendência é de que fique para a próxima semana. Na terça-feira, a comissão apresentou o parecer final pela improcedência da denúncia de infrações político administrativas contra Daniel Guerra (PRB), que é embasada em sete tópicos. O documento precisa passar pela análise do plenário.
Para que o prefeito seja afastado, é necessário que o relatório da Comissão Processante seja rejeitado por 2/3 dos 23 vereadores, ou 16 deles. No entanto, Guerra já conta com os votos pela aprovação do parecer dos governistas Chico Guerra (PRB) e Renato Nunes (PR) e dos vereadores Arlindo Bandeira (PP) e Neri, o Carteiro (SD). Nas últimas semanas, PCdoB, PT e PSD — respectivamente as bancadas compostas por Renato Oliveira; Denise Pessôa e Rodrigo Beltrão; e Kiko Girardi — manifestaram-se, por nota, contra o impeachment.
Na sessão desta quarta-feira, Edi Carlos (PSB) anunciou que votará favorável ao parecer, ou seja, pela improcedência da denúncia. A esse contingente de nove votos, é razoável acrescentar os dos três integrantes da comissão, que decidiram pela improcedência da denúncia. São eles o presidente Edson da Rosa (PMDB), o relator Edio Elói Frizzo (PSB) e o revisor Velocino Uez (PDT). Essa contabilidade eleva para 12 o número de votos pela aprovação do relatório, número mais do que suficiente para afastar a possibilidade de impeachment do prefeito Guerra.
— Penso que esse processo ocorreu por causa da falta de diálogo do prefeito. Pelo menos, agora, está conversando com alguns vereadores, mas tem de dialogar mais com toda a comunidade. No momento oportuno, estarei votando junto com (o encaminhamento) da Comissão Processante — disse Edi Carlos, durante pronunciamento na sessão.
O pedido de impeachment contou com a assinatura de 29 pessoas.