Após ocupar o cargo de secretário da Receita Municipal na primeira gestão de Adiló Didomênico (PSDB), Roneide Dornelles seguirá no Poder Executivo para o período de 2025 a 2028. Agora, será o chefe da Casa Civil, pasta criada após a união entre a secretaria de Governo e a Chefia de Gabinete.
Na manhã de sexta-feira (17), Dornelles participou do programa Gaúcha Hoje, da Rádio Gaúcha Serra, para falar sobre como será sua atuação no segundo governo de Adiló, que agora conta com Edson Néspolo (União Brasil) como vice, e quais devem ser as suas prioridades. Confira a seguir:
Gaúcha Serra: O senhor era secretário da Receita e agora a Casa Civil engloba a antiga secretaria de Governo e a Chefia de Gabinete, como foi essa sua mudança?
Roneide Dornelles: Eu estava na Receita, foi uma missão muito grande que tivemos lá. Desenvolvemos grandes projetos, desburocratizamos, informatizamos, tanto é que o IPTU digital está aí dando o maior sucesso. E agora o prefeito confiou a mim essa missão muito importante à frente da Casa Civil, aonde queremos desempenhar um papel para que a população tenha um benefício mais profundo.
Gaúcha Serra: qual é a função da Casa Civil, o que essa nova pasta vai fazer exatamente?
Dornelles: A Casa Civil tem a função de desempenhar um papel essencial na coordenação, na articulação, na integração nas ações de governo municipal. Mas, para mim, essa função vai além do processo administrativo técnico, acima de tudo eu quero construir pontes, fomentar o diálogo e garantir que as prioridades da gestão municipal estejam sempre alinhadas aos anseios da comunidade. A Casa Civil tem várias funções, como formular a política de governança institucional, apoiar o prefeito nas relações com o Poder Legislativo, divulgar os atos do governo, o que está sendo feito.
Gaúcha Serra: a secretaria de Governo tinha uma função mais interna de organização da parte de infraestrutura do próprio município; e a Chefia de Gabinete tinha uma função mais política, de ser a antessala do prefeito, ou então de fazer a negociação com a Câmara de Vereadores, com os partidos. O senhor imagina que alguma dessas funções vai se sobressair?
Dornelles: acho que agora as coisas vão mudar, vamos ter essa interlocução com a Câmara de Vereadores, mas eu sempre quero estar ao lado do prefeito para apoiar ele não apenas na relação com o Poder Legislativo, mas quero estar estreitando o laço com toda a esfera do poder. Estamos na fase de organização do regimento interno para que a gente possa tomar pé e trabalhar com mais eficiência.
Gaúcha Serra: como tem sido esse trabalho de aglutinar as duas secretarias, a questão de reunir os servidores das duas pastas que agora vão ficar sob um guarda-chuva apenas?
Dornelles: assumi há 15, estou passando nos departamentos, conversando com os servidores, estamos já montando uma estratégia para, juntos, formarmos o regimento interno para que todos estejam integrados. Eu conversei com cada um, como eu fiz na Receita quando entrei, vendo suas necessidades.
Gaúcha Serra: dentro do aspecto político, que é uma das ações dessa secretaria, o prefeito Adiló, a partir da adesão oficializada do vereador Juliano Valim (PSD), tem uma maioria na Câmara de Vereadores. É uma situação diferente do primeiro governo. O senhor imagina uma ação política mais tranquila a partir disso?
Dornelles: Os vereadores têm autonomia de ver o que é melhor para Caxias. Eu tenho um bom relacionamento com todos os vereadores e não vai ser diferente agora. Eu acredito que, claro vamos ter a maioria, mas eles têm autonomia. Vou conversar com cada vereador como fiz na gestão passada. Acho que vai sim ter debates, é importante para a democracia da nossa cidade, mas vamos estar juntos debatendo, conversando e vendo o que é melhor a nossa comunidade.
Gaúcha Serra: O senhor já começou essas conversas com a Câmara?Dornelles: Eu já tenho conversado com alguns vereadores. Mas o tempo foi curto. É o mesmo governo que se mantém no poder, mas essa alternância de secretarias nos torna mais eficazes para poder fazer uma conversação direta com os vereadores. Vou visitar também o nosso presidente da Câmara de Vereadores (Lucas Caregnatto) e vou fazer essa interlocução com muita determinação.
Gaúcha Serra: Ficaram questões pendentes da gestão anterior. Tem a questão da Maesa, do canil municipal, as obras do Desvio Rizzo e do Planalto, tem a obra na Secretaria da Cultura. O que o senhor acha que é prioridade nesse primeiro momento?
Dornelles: Eu estou em contato com todos os secretários, vendo as necessidades que estão tendo agora, tem secretário novo, mas as prioridades são aquelas que estão ali. Cada secretário já está colocando nas suas pastas as suas prioridades e eu vou estar ao lado deles para ver qual é a prioridade de cada um. Eu acho que essas obras que foram iniciadas e não foram concluídas são as prioridades, mas nós temos muitas coisas, tem o aeroporto, temos que pensar nos alagamentos e melhorar essas condições. Nós enfrentamos no governo passado dois anos de pandemia, seca, enchente, e mesmo assim fizemos muita coisa. Hoje nós recuperamos as finanças do município, então nós temos condições de fazer um belo trabalho neste segundo mandato.
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