Eleito em 2012 pelo PT, o vereador de Caxias do Sul Clair de Lima Girardi, o Kiko, deixou a sigla no início do mês e ingressou no PSD. Agora, ele corre o risco de perder o mandato. O PT pede a vaga ocupada pelo parlamentar e, inclusive, ajuizou liminar solicitando afastamento imediato de Kiko - liminar que não foi deferida.
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Em entrevista nesta quinta-feira, ele falou sobre os motivos que o levaram a trocar de legenda. Kiko reclamou que não podia expressar suas opiniões dentro do partido. Recordou quando se manifestou na Câmara contrário às cotas raciais e foi repreendido pela vereadora Denise Pessôa. O vereador não escondeu a mágoa com os antigos companheiros.
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- Não fui bem acolhido, sempre me senti de lado. Eu precisava que o partido me desse diretrizes. Me filiei menos de um mês do prazo para concorrer. Quando o Solidariedade me procurou, eu recusei, e o PT nunca disse nada, nunca disse vai ou fica - desabafou.
Apesar disso, Kiko garantiu não se arrepender de ter se filiado ao PT. Disse que era simpatizante e sempre votou na sigla. Mas considera um equívoco dos partidos filiar sem critério assim como acredita ser um erro aceitar sem analisar o programa das agremiações:
- A gente recebe o convite por ser líder comunitário. Os partidos saem catando líderes de bairros para ser candidato.
Sobre a ida para o PSD, Kiko explicou que se identificou com a proposta.
- Li toda a cartilha. É um partido de centro, que não impede que me posicione com a minha opinião. E é um partido que vem crescendo - finalizou.
Caso Kiko perca o mandato, quem assume é a suplente Ana Corso.
Política
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