
Em entrevista coletiva sobre o balanço de dois anos de governo, nesta quarta-feira, o prefeito de Caxias do Sul, Alceu Barbosa Velho (PDT), divulgou o projeto de construção do novo acesso ao bairro Desvio Rizzo. A obra é avaliada em R$ 12 milhões, sendo R$ 10 milhões repassados por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 2 milhões de contrapartida do município.
Pouco antes da coletiva, que ocorre nos Pavilhões da Festa da Uva, o prefeito Alceu Barbosa Velho respondeu a cinco perguntas feitas por e-mail pelo Pioneiro, por meio dos jornalistas Gilberto Blume e Rosilene Pozza.
Alceu afirmou estar cumprindo a promessa de campanha de acelerar a construção de escolas infantis e demonstrou confiança em um acordo amigável com os proprietários de terra da área do futuro aeroporto.
O pedetista também confirmou a criação de uma comissão para discutir a ocupação da Maesa, anunciou um projeto ambiental e reforçou sua crença na geração de energia a partir da queima de lixo:
Pioneiro: Para as 5 mil crianças inscritas para a educação infantil em 2015, há 3 mil vagas. O que fazer?
Alceu Barbosa Velho: Há dois anos, eram atendidas 5,4 mil crianças. Hoje, são 7,3 mil, um crescimento de 35%. Outras 831 crianças são atendidas pelo Mão Amiga e Educaritá por meio da compra de vagas pelo município. O credenciamento através de licitação atende outras 679 na rede privada. Em menos de dois anos, duas novas escolas infantis foram entregues em Forqueta e no Charqueadas. Em 2015, já para o início do ano letivo, serão entregues mais três: Pôr do Sol, Santo Antônio/Serrano e Parque Oásis. Ao longo do ano, iniciaremos as obras de outras oito escolas infantis.
Como está a desapropriação das áreas para a construção do Aeroporto de Vila Oliva?
Reunimos os proprietários e colocamos à disposição de cada um os laudos de avaliação. Eles pediram um tempo para analisar. Alguns aceitam, outros querem antes fazer um laudo por sua conta. A expectativa é que essa negociação prossiga, porque os valores prometidos pelo governo do Estado estão assegurados no Orçamento de 2015.
Após a doação da antiga Maesa para Caxias, prevista para os próximos dias, a prefeitura terá um ano para elaborar o projeto de ocupação. Como a população poderá opinar? O que senhor gostaria de ver instalado lá?
A ocupação será debatida numa comissão que vamos criar assim que a Maesa nos for passada definitiva e legalmente. A comissão deve ser a mais ampla possível para, como tenho dito, não errarmos. O tempo de um ano é exíguo e nós teremos que trabalhar muito. Pessoalmente, já gosto de ver a certeza da preservação da memória.
O que é o Ecoparque?
O Ecoparque é a junção, por meio de uma passarela sobre a rua Atílio Andreazza, da área das represas do Complexo Dal Bó com a área do Jardim Botânico. Vamos fazer daquela área um grande espaço verde e de lazer para uso do povo. Estamos licitando a passarela e logo ali na frente iremos desenvolver o projeto do parque que, posso assegurar, é maravilhoso.
O senhor e o vice-presidente da Hyundai Construções assinram o termo de cooperação para transformar em energia os resíduos sólidos gerados pelo município. O que isso significa, em termos práticos?
Desde o primeiro dia do governo defendo esta solução para o lixo doméstico e industrial de Caxias e também para o lixo industrial. A usina viria para dar solução aos dois problemas. No Brasil, existe uma lei federal que permite a instalação destas usinas de transformação de resíduos sólidos em energia por meio da incineração. Na Fepam, não é entendido assim: o órgão vê com muita restrição. Chego à conclusão de que não pode o mundo estar errado e apenas o Rio Grande do Sul estar certo. Segundo a Hyundai, está existindo uma aproximação da Coreia do Sul e do Brasil para tratar dessas questões que envolvem o meio ambiente. O termo de cooperação serve para Caxias do Sul sair na frente. Havendo entendimento, quero que estas experiências venham para Caxias.