Cinco mulheres ficaram trancadas em um banheiro após assalto cometido em uma clínica odontológica do centro de Caxias do Sul, no início da noite desta quinta-feira (20). De acordo com a Brigada Militar, o crime ocorreu por volta das 19h15min no estabelecimento de dois andares que fica na Rua Os Dezoito do Forte, quase esquina com a Rua Andrade Neves.
A guarnição foi acionada pelas vítimas pouco depois de serem trancadas, por meio de um celular que estava no jaleco de uma das funcionárias. Ainda segundo a polícia, viaturas estavam próximas ao local. A força tática agiu, provavelmente, enquanto o suspeito ainda encontrava-se na clínica, porém acabou fugindo, levando R$ 240, além de pertences das vítimas. A partir dos relatos de populares, a BM acredita que um segundo indivíduo possa ter prestado apoio à ação. Ninguém ficou ferido.
Conforme relato das vítimas à polícia, o homem teria entrado na clínica pedindo ironicamente por uma consulta. No primeiro andar encontravam-se a recepcionista e uma paciente que aguardava consulta. Ao ser informado de que não estavam mais sendo agendadas consultas, o homem sacou uma arma de fogo e anunciou o assalto pedindo por dinheiro. Ele conduziu as duas vítimas até o segundo andar da clínica, onde uma das dentistas, acompanhada por uma assistente, atendia à uma cliente.
— Ele entrou perguntando "quem é a dentista?" e foi pegando celulares e a bolsa da cliente que estava em cima da mesa — relata a dentista de 23 anos que não quis se identificar.
Segundo ela, após pegar o dinheiro da clínica e os pertences, ele trancou as cinco mulheres no banheiro do andar superior. Ao perceber que elas poderiam pedir ajuda por uma janela, ele as transferiu para o banheiro do andar de baixo e exigiu que contassem até mil antes de saírem.
— Ele disse que teria uma pessoa do lado de fora cuidando caso a gente saísse antes, então esperamos para chamar a polícia — completa a dentista.
Na noite desta quinta-feira (20), a polícia ainda realizava buscas na área levando em consideração características do suspeito. Um registro será feito junto à Polícia Civil que passará a investigar o caso.