Após perceber uma tendência de aumento dos homicídios em abril, a Brigada Militar (BM) reforçará o policiamento nas áreas de conflagradas pelo tráfico de drogas em Caxias do Sul. Nesta segunda-feira (8), 25 policiais das Patrulhas Especiais (Patres) do 1º Batalhão de Choque de Porto Alegre chegaram na Serra com a missão de fazer uma repressão qualificada às facções rivais que disputam o domínio da venda de drogas.
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O reforço chega após o segundo final de semana com uma execução seguida de incêndio. O modo de ação dos criminosos lembrou os ataques acontecidos entre julho e agosto de 2018. Naquele período, foram 35 pessoas assassinadas _ o equivalente a 27% das 127 mortes daquele ano. Aquela onda de homicídios reduziu, justamente, após a chegada de um reforço da BM.
— A diferença é que, naquela vez (em 2018), o problema estava muito maior. Entendemos que estamos atuando preventivamente e podemos evitar que se instale (estes tiroteios e mortes). Semanalmente fazemos avaliações, e percebemos uma tendência de piorar. Assim, esta tropa vem para colaborar neste combate efetivo — avalia o major Emerson Ubirajara, subcomandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM).
Neste ano, Caxias do Sul já registra 23 mortes por violência. O número é menor que no mesmo período do ano passado, quando aconteceram 28 assassinatos. A redução era explicada, justamente, pela "trégua" na disputa pelo domínio da venda de drogas — o que parece ter retornado após os ataques nos bairros Vila Ipê e Jardelino Ramos.
— Esta tropa irá atuar em bairros e vilas conflagradas, onde aconteceram estas execuções e que, historicamente, tem índices elevados de homicídios. Queremos fazer uma inquietação nestes grupos rivais para evitar que aconteçam novos episódios — aponta o major Ubirajara.
O reforço continuará em Caxias do Sul por tempo indeterminado.