O candidato a prefeito Júlio Freitas (Republicanos), em sua entrevista nesta sexta-feira à Rádio Gaúcha Serra, girou a metralhadora contra governos anteriores e vereadores. Ao dizer que o Governo Daniel Guerra "fez em três anos o que os antecessores não fizeram em oito, não fizeram em 12 anos", Freitas disparou contra Pepe Vargas (PT), José Ivo Sartori (MDB) e Alceu Barbosa Velho (PDT). O petista, que é candidato, ficou oito anos; Sartori e Alceu somam 12.
Sem citar nome, mirou o candidato Edson Néspolo (PDT), com a afirmação: "Nós recebemos os Pavilhões com um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pela antiga gestão, onde um candidato se diz orgulhoso de ter sido presidente da Festa da Uva. Sinceramente, eu me sentiria envergonhado pela situação precária daquele espaço". O Legislativo ele classificou como inoperante, ineficiente e gastador sem resultado para a população.
Mas a "referência especial" ficou para os segundos finais, citando nominalmente o vice-prefeito eleito de forma indireta, articulador da cassação e candidato a vice, Elói Frizzo (PSB). Falando sobre como será a administração, se eleito, disse que será a única "que não terá no governo o senhor Elói Frizzo. Nós vamos dar esse presente à população".
É claro que não seria a única, considerando o perfil de outras candidaturas. Assim, ele quis atingir a todos os oponentes.
As manifestações de Freitas seguiram o previsível, com muitos elogios à administração da qual fez parte – praticamente considerada uma perfeição. Ele lembra o estilo Guerra em sua forma de se expressar, como numa confirmação de seu representante. Por exemplo, quando disse: "Prefeito Daniel Guerra não fez nenhuma promessa de campanha, ele assumiu compromissos com a população". Embora fazer uma promessa seja assumir compromisso.
Outra afirmação que soou mal é que o processo de impeachment foi ilegal. Coube à Câmara de Vereadores julgar. E na Justiça, pelo menos até agora, Guerra não obteve nenhuma vitória.
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