
As manifestações previstas para quinta-feira (17), diante dos 12 meses em que o Pronto Atendimento 24 Horas (Postão) está fechado para as reformas de instalação da UPA Central, podem se transformar em um ato que fará coro ao pedido de impeachment do prefeito Daniel Guerra (Republicanos). Resta esperar se, de fato, será significativo, demonstrando reação à atual administração.
Apesar da admissibilidade do processo de impeachment aprovada pela Câmara de Vereadores, não se tem informação de movimentos populares na cidade de apoio ao prefeito.
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A mobilização diante do aniversário de um ano de Postão fechado se reflete em dois dos itens da denúncia impetrada pelo ex-vice-prefeito Ricardo Fabris de Abreu, que quer a cassação de Guerra: a decisão de fechar o PA 24 Horas para reformas, ignorando a instância do Conselho Municipal de Saúde; e a gestão compartilhada, contrariando o que havia deliberado o conselho.
Na ação prevista para quinta, durante todo o dia o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindiserv) entregará materiais explicativos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Pela manhã, a direção do sindicato ocupará um espaço na Tribuna Livre durante a sessão da Câmara de Vereadores e, às 17h30min, fará ato público na praça Dante Alighieri. De lá, os servidores seguem para o protesto em frente ao Postão, marcado para as 18h. A União das Associações de Bairros (UAB) e Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também integram as mobilizações.
Conforme o Sindiserv, estima-se que mais de 150 mil atendimentos deixaram de ser prestados para a população com o fechamento do PA em outubro de 2018.
Entre outros aspectos destacados no chamamento para o ato, o Sindiserv ressalta a falta de profissionais na rede municipal de saúde, em função do aumento desproporcional de exonerações e aposentadoria "motivados por perseguições e assédio contra os servidores com a intenção de forçar terceirizações dos serviços de saúde do município".