Não está confirmado se há a relação entre um homem preso pela Brigada Militar, em Ana Rech, e o duplo assassinato num bar do bairro Serrano, em Caxias do Sul. As mortes e a prisão ocorreram entre o final da tarde e a noite de quinta-feira. Deonaldo José Rosário, 53 anos, e Pedro Dinarte dos Santos, 61, foram executados a tiros no Rudis Bar por dois homens, por volta das 17h.
Conforme a Polícia Civil, os autores das execuções entraram no estabelecimento e dispararam pelo menos 20 vezes contra Deonaldo. Pedro, que faria aniversário nesta sexta-feira, saía do banheiro e tentou correr, mas foi baleado sete vezes. Os executores portavam uma pistola prateada e um revólver preto. Após o crime, a dupla fugiu num Voyage branco. Esse carro foi abandonado e queimado na Linha Tomé, interior de Caxias do Sul, na saída para São Marcos.
Deonaldo tinha diversas passagens na polícia, entre as quais, receptação e porte ilegal de arma com numeração raspada. Já Pedro era natural de Santa Catarina e, portanto, não houve possibilidade de consulta do registro de antecedentes.
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Por volta das 20h15min, a Companhia de Operações Especiais (COE) do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM) recebeu informações de que um grupo negociava armas na lancheria de um posto de combustíveis às margens da BR-116, em Ana Rech. No local, os PMs flagraram Maicon Carvalho Souza, 27 , que portava na cintura uma pistola calibre .380 municiada com 20 cartuchos intactos.
No bolso da calça de Maicon, os policiais encontraram uma cartucho calibre .12. Questionado, o homem indicou que havia deixado uma espingarda num Clio estacionado no lado de fora, que foi apreendida pela BM. Na lancheria, o COE deteve ainda dois homens e uma mulher e os conduziu até o plantão da Polícia Civil.
Como foram apontados como suspeitos do duplo homicídio, os três homens foram submetidos a exames residuográficos no Departamento de Perícias do Interior (DPI) para identificar a presença de pólvora nas mãos. A mulher, por sua vez, foi enquadrada como testemunha.
Maicon foi autuado em flagrante por porte ilegal de armas e encaminhado a um presídio. Os outros dois suspeitos foram liberados.
A participação do trio nos assassinatos do Serrano será investigada pela Delegacia de Homicídios e Desaparecidos.