Uma informação equivocada foi flagrada nesta quinta-feira (30) na nova placa da Rua Gilda G. Nora, no bairro Presidente Vargas, em Caxias do Sul. De forma errada, a sinalização coloca a educadora caxiense como "a primeira vereadora transexual" do município. A empresa responsável pela atualização do equipamento afirma que está providenciando a troca.
A rua, que fica próximo à Universidade de Caxias do Sul (UCS), homenageia Gilda Marcon Grazziotin Nora. Falecida em 2005, Gilda foi educadora, delegada da Educação e vereadora nos anos de 1979, 1982 e 1987.
Sobre a informação equivocada da placa, ela se refere a outra pessoa. Em Caxias, a primeira vereadora transexual foi Cleo Araújo, quando assumiu cadeira em setembro de 2021.
Desde outubro do ano passado, o município realiza a atualização de placas. A ação ocorre por meio de parceria público privada com a concessionária Imobi All Space Infront Spe S/A. Conforme a prefeitura, a empresa é responsável pela instalação e conferência das placas.
O gestor da concessionária, Raul Gomes de Oliveira Neto, afirma que a nova placa para a Rua Gilda G. Nora está em produção e será instalada. A sinalização com informação equivocada já foi retirada da via no fim da tarde desta quinta-feira.
Esse é o segundo erro identificado nas novas placas. O primeiro foi em outubro, na Rua Sinimbu. Segundo a comunicação da prefeitura, 700 placas já foram instaladas pela empresa em Caxias.
A concessão
A partir de uma parceria público-privada, a prefeitura busca implantar e manter quase 20 mil novas placas. A concessionária responsável pelo serviço é formada pelas empresas Grupo Imobi, de Porto Alegre, Infront Mídia Comércio e Representações Ltda, de Caxias do Sul, e a All Space Propaganda e Marketing Ltda, de São Paulo.
O contrato, que tem duração de 20 anos, não tem custos para a prefeitura, uma vez que a concessionária poderá explorar espaços publicitários no topo das placas.
Segundo a prefeitura, a prioridade é a substituição de placas que estão em desgaste ou a instalação de placas em vias que não possuem identificação. Também há prazos para a realização de manutenções, sendo de 24 horas quando de situação emergencial e 48 horas para demais manutenções corretivas. Correções estão previstas nesses prazos.
Para ter o direito de explorar o serviço, a concessionária precisou pagar R$ 1,3 milhão de outorga. Ao longo do contrato, ela também terá que destinar 2% da receita bruta anual à administração municipal. O contrato com a concessionária é fiscalizado pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos (Smosp).
População pode informar sobre erros
A concessionária está com canal aberto com a população em caso de alguma correção ou até alerta em caso de alguma placa ser danificada. O contato pode ser feito pelo Alô Caxias ou pelo telefone (54) 3025 5775.