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Uma nova subestação inaugurada nesta quinta-feira (20) deve atender a uma demanda antiga das comunidades do interior de Caxias do Sul, a ampliação da rede de energia elétrica na área rural. Com o investimento de R$ 59,3 milhões, a Rio Grande Energia (RGE) promete deixar a cidade e o município vizinho, Farroupilha, mais preparados para a demanda que está por vir no futuro. A SE Caxias 8 foi construída no bairro Desvio Rizzo e vai atender cerca de 104 mil pessoas nas duas cidades.
— Essa subestação amplia a capacidade de fornecimento de energia e principalmente para a área rural. O maior beneficio é a nossa manutenção de rede, feita pela central em São Leopoldo. Nós estamos trocando, por dia, cerca de 300 postes de madeira por postes de concreto ou fibra. Atualmente, a maior parte desses postes está na zona rural. Essa mudança traz mais robustez para a rede nessa região — garante o diretor-presidente da RGE, Marco Antonio Vilela.
A novidade, de acordo com a concessionária, é que a nova subestação traz redução nos riscos de interrupção do fornecimento de energia e maior velocidade no restabelecimento do serviço, além de possibilitar a expansão do sistema elétrico. Isso porque o complexo conta com uma sala de controle que será monitorada e operada pela central da RGE em São Leopoldo, sem a necessidade de um operador em Caxias.
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— Nós temos um plano de longo prazo de investimentos e detectamos que aqui na região haveria necessidade de uma subestação para suportar o aumento da demanda da indústria, comércios e residências. Então, esse foi o motivo de investirmos aqui — explica Vilela.
O diretor-presidente não soube precisar para quantos anos Caxias está preparada com energia elétrica, mas garante que o objetivo é que o alcance aumente acompanhando a demanda proporcionada pelo crescimento da cidade.
Para a diretora da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Agnes da Costa, a inauguração dessa nova subestação de energia representa possibilidade de crescimento para a indústria da região.
— Nessa última década, muitos especialistas dizem que foi a década perdida para a América Latina em termos de crescimento. Quando a gente vê uma região, como aqui em Caxias do Sul, com potencial para comércio e indústria, a gente tem que criar as condições de crescimento de um país. Temos que olhar a infraestrutura como algo que não pode ser um gargalo para o crescimento — explica Agnes.