O dia 29 de novembro irá definir qual Caxias do Sul sua população deseja para os próximos quatro anos. Está nos dedos de 333 mil eleitores, que irão depositar nas urnas, quem eles desejam para ocupar o cargo de prefeito entre 1º de janeiro de 2021 a 31 de dezembro de 2024: Adiló Didomênico (PSDB) ou Pepe Vargas (PT).
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O novo chefe do Poder Executivo terá a missão de coordenar e desenvolver uma cidade com cerca de 517 mil habitantes e orçamento proposto de quase R$ 2,4 bilhões. E não faltam desafios para o novo administrador.
Do final do mês de setembro até o início de novembro, o Pioneiro trouxe vários temas que preocupam a população e serão desafiadores para o futuro prefeito. A série A Cidade é de Todos expôs problemas, ouviu especialistas e trouxe exemplos de várias cidades do mundo. Ideias que poderão ajudar ao próximo prefeito que irá ocupar o prédio entre as ruas Alfredo Chaves e Dom José Barea.
No primeiro ano de mandato, cabe ressaltar, o eleito terá uma receita, em números exatos, de R$ 2.392.041.195,26 para administrar, segundo a Lei Orçamentária Anual que ainda tramita na Câmara de Vereadores.
Caxias do Sul cresce de tamanho anualmente. Com isso, vem desafios na mesma proporção e que precisarão de muita atenção do próximo prefeito. Um dos casos mais emblemáticos e que gera preocupação é o chamado Caso Magnabosco. Após 30 anos de judicialização sobre o terreno onde hoje está localizado o bairro Primeiro de Maio, a sentença foi contra o município. A dívida projetada é superior a R$ 850 milhões. Ainda que a atual gestão tenha ingressado com mais um recurso no STJ e adiado a execução da dívida, uma hora ela deverá ser quitada.
Esse valor irá impactar diretamente no caixa do município, numa cidade que já tem problemas estruturais. 40 mil postos de trabalhos formais desapareceram em sete anos. Ao mesmo tempo, os empresários reclamam pelo excesso de burocracia que impede novos empreendimentos de serem implementados na cidade.
Ainda existem outras demandas que interferem diretamente na vida de quem mais depende de políticas e ações do poder público. De forma geral, são mais de 75 mil atendimentos que estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). O déficit de vagas no Ensino Infantil ultrapassa a marca de 7 mil – considerando as 4 mil vagas que são compradas na rede privada.
E em meio a tantos problemas, ainda estamos lidando com uma pandemia. O ano de 2020 é praticamente perdido e, quando a disseminação do coronavírus parecia arrefecer, tudo mudou. Será preciso muito trabalho para que o sistema não entre em colapso e gere um quadro pior até a chegada da vacina.
Desafios sobram para o vencedor do pleito deste domingo. Confira nestas duas páginas. Estará nas mãos de Adiló ou Pepe entregar uma cidade muito melhor quando 2024 chegar.