Depois do registro de aglomerações nos últimos finais de semana e aumento de casos de covid-19, a prefeitura de Veranópolis divulgou nesta quarta-feira (28) um novo decreto restringindo o horário de funcionamento de estabelecimentos. Aquele considerados não essenciais, que é o caso de bares, restaurantes e similares, podem ficar abertos das 6h às 23h.
Já os estabelecimentos classificados como essenciais (conveniências de postos de combustível, restaurantes à beira de rodovia, etc.) ficam proibidos de comercializar bebidas alcoólicas após às 23h; de modo que a proibição segue até as 6h do dia seguinte. O prefeito Waldemar De Carli explica quais foram os motivos que levaram a cidade a retroceder com a flexibilização das medidas.
— Foram basicamente dois motivos: primeiro, porque na semana passada tivemos um aumento do número de incidência de casos de covid-19 e internações em relação a semanas anteriores. O outro motivo é porque existem alguns pontos de aglomerações na nossa cidade em que estão ocorrendo distúrbios, brigas generalizadas, etc — salienta
De Carli reconhece que os bares mantêm a ordem dentro do estabelecimento, mas são motivo de as pessoas se encontrarem na entrada da cidade, no início da Avenida Júlio de Castilhos, até a madrugada. Além disso, através da inteligência da Polícia Civil, o município tem informações de que, depois de determinada hora, há a infiltração de foragidos da Justiça nesses pontos, o que pode ter motivado as brigas recentes.
O decreto foi publicado a partir de uma reivindicação da comunidade. Para o controle, haverá a participação dos órgãos de segurança. O prefeito afirma que se o decreto não resolver o problema neste final de semana,talvez a prefeitura adote medidas até mais rígidas, inclusive de fechamento de todos esses bares.
O prefeito ainda destaca que as pessoas podem até ficar até determinada hora na rua, pois é o momento de lazer e descontração dos jovens, mas observou-se que o perigo começa depois de um determinado horário.
Preocupação dos veranenses
Moradores das proximidades do trecho da Avenida Júlio de Castilhos, logo após o pórtico de acesso à cidade, onde ocorrem as aglomerações, relatam que têm presenciado, nas últimas semanas, brigas nas madrugadas de quinta-feira a sábado. Houve casos no último final de semana, incluindo domingo. Por questões de segurança, eles preferiram não se identificar.
— Se tornou perigoso circular por aqui, tanto a pé, como de automóvel. As pessoas perderam a capacidade do convívio social. Perdemos a liberdade, somos ameaçados e temos dificuldade de sair de nossas casas, pois tomaram conta das entradas, calçadas, da faixa de segurança — relatam os moradores que temem acontecimentos desagradáveis.
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