
Os quatro sacos de lixo retirados da água do Parque da Lagoa, no bairro Desvio Rizzo, na manhã de segunda-feira, mostram que o desrespeito com a natureza é grande na principal área de lazer daquela comunidade.
Confira as últimas notícias do Pioneiro
A pescaria de garrafas pet, copos de plástico e outros entulhos foi realizada pelo aposentado Oneide Becker, 66 anos, uma espécie de guardião do Parque da Lagoa. Diariamente, ele recolhe a sujeira e descarrega num contêiner na rua. Não fosse ele, o cenário seria ainda pior.
O voluntariado de Becker começou há pouco mais de um ano.
- Eu me aposentei e comecei a frequentar o parque. Fui percebendo o lixo na água e pelo chão. Fiquei muito triste e decidir limpar.
A tarefa é puxada. Diariamente, o aposentado sai de casa às 6h para uma caminhada de 10 quilômetros na pista do parque. Ao final da atividade, pega um saco e sai recolhendo o que encontra na grama, entre as árvores e no chão. A pescaria na lagoa é reservada sempre para as manhãs de segunda-feira. Ele fisga o lixo usando um sarrafo com um prego na ponta.
- No final de semana dá muito movimento e daí tem mais sujeira. Então, é melhor entrar na água na segunda - conta o aposentado.
Na segunda-feira, Becker teve a ajuda de um amigo. Na maioria das vezes, porém, ele executa a limpeza sozinho. O aposentado também diz que as lixeiras espalhadas na área verde sempre estão cheias no início da semana.
- Compro os sacos no mercado. Se é lixo graúdo, levo até o contêiner e esvazio. Se é lixo pequeno, não tem jeito: coloco saco e tudo no contêiner.