Mães lindas e queridas, realmente só mudam de endereço. Com seus jeitos delicados, amáveis, sorridentes e ao mesmo tempo rígidas, responsáveis e até brabas, elas amam e defendem seus filhos com "unhas e dentes".
Simone Ferreira e Margarete Kuster de Souza, são supermães, verdadeiras super-heroínas: abriram mão de seus empregos e de suas vidas individuais, para doar-se inteiramente aos filhos, Jacson Rafael Ferreira Bottim, 9 anos, e Bárbara Kuster de Souza, 17 anos. Jackson ficou tetraplégico devido a um atropelamento. Bárbara fez transplante de medula há oito meses.
Simone Ferreira é a supermãe de Jackson. Em 2009, o menino foi atropelado em Garibaldi e ficou tetraplégico. Desde lá, a mãe, que já era dedicada e amorosa com ele, redobrou a jornada de cuidados ao filho.
A família morava em Garibaldi e Simone trabalhava em uma empresa de calçados. Depois do acidente com o garoto, passaram a residir em Caxias do Sul. A mãe conta com a ajuda de enfermeiras para cuidar do filho e faz bordados em casa para aumentar a renda.
Mas ela não desgruda de Jackson. Está sempre presente nas fisioterapias, leva e acompanha o menino à sala de aula, faz passeios e até aprende inglês com ele nas aulas particulares em casa.
Jackson conseguiu em abril do ano passado realizar o implante do marcapasso diafragmático, necessário para respirar sem ajuda do ventilador mecânico. Com a cirurgia bem sucedida, hoje o garoto, que antes precisava ficar preso a um equipamento dentro de casa, já voltou a frequentar a escola e realizar passeios ao ar livre, de que ele tanto gosta.
Tímido, Jackson resume a mãe em uma palavra: "Tudo."
Emocionada, a mãe conta que já ganhou o seu presente de Dia das Mães.
_ Não tem alegria maior do que ter ele bem de saúde e em casa. Muitas vezes, não tinha vontade de levantar pela manhã, mas sei que ele precisa de mim e faço isso por ele _ define Simone.
Margarete Kuster de Souza é a supermãe de Bárbara. Oito meses depois da cirurgia de transplante de medula da jovem, continua na ativa. Ainda está semana, foi dia de levar a filha para uma consulta de rotina em Porto Alegre.
Há nove anos, a mãe recebeu a notícia de que Bárbara estava com leucemia e, desde então, abriu mão de seu trabalho para ser a enfermeira da filha em tempo integral.
_ Ela é muito companheira. A gente brinca bastante e estamos sempre juntas _ conta Bárbara.
Para alegrar ainda mais o coração da mãe guerreira, o filho mais velho dela, Fabiano Kuster de Souza, 22, foi o doador compatível com Bárbara. Segundo Margarete, foi uma cirurgia arriscada, pois o filho era apenas 62 % compatível com a irmã, o que exigiu que a mãe tivesse que dar uma autorização para realizar o procedimento.
Hoje, Margarete diz que vai passar o melhor Dia das Mães, pois está com a filha em casa e muito bem de saúde.
_ Sou uma mãe abençoada por Deus. Não tem orgulho maior para uma mãe do que ver o filho tendo vontade de vencer. Nós somos uma só e eu nunca vou abandonar ela _ conta a mãe emocionada.