Em visita à cidade na segunda-feira para verificar a situação do Presídio Estadual de Bento Gonçalves, o secretário de Segurança Pública, Airton Michels, disse que a situação da penitenciária não é prioridade para a secretaria.
O presídio foi interditado por decisão judicial dias depois de motim no dia 8 de maio deste ano, quando duas celas foram completamente destruídas. Também a juíza Romani Dalcin, da 3ª Vara Cível, a partir de ação movida pelo Ministério Público, determinou um prazo de até 60 dias para que o Estado abra processo licitatório para a construção de um novo presídio em Bento.
-Tenho uma imagem muito boa do Presídio de Bento Gonçalves. Eu não colocava e não coloco como prioridade. Repito: prioridade é o Presídio Central de Porto Alegre. Se a comunidade entende que fica muito no Centro, que deve ser mais para fora (da cidade), aí nós somos sensíveis - disse Michels.
O município cedeu uma área, na localidade de Linha Palmeiro, para a construção da nova unidade prisional e desativação da atual, no centro da cidade.
Após a licitação, conforme o despacho judicial, o Estado terá 18 meses para a construção do presídio, prazo que começa a valer em 1º de janeiro de 2015, porque a previsão orçamentária para este ano não inclui a casa prisional em Bento. Se o Estado não cumprir a determinação judicial da licitação e da construção, deverá pagar multa diária de R$ 500.
No início do mês, uma rebelião destruiu parte do presídio. Duas das 11 celas correm o risco de desabar.
Interditado
Secretário de Segurança Pública diz que Presídio de Bento não é prioridade
Airton Michels esteve em Bento na segunda-feira
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