A empresa de Bento Gonçalves onde ocorreu um derramamento químico, na manhã desta segunda-feira, não tinha licença de operação, segundo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
O documento foi negado devido à falta de estrutura da empresa de pintura e cromagem, que não tinha, por exemplo, bacias de contenção. Essa construção faria com que o volume derramado tivesse parado nas bacias e não seguido para a rua, como aconteceu.
Segundo a Fepam, a empresa já havia sido notificada e agora ficará fechada até fazer todas as adequações. A técnica do Serviço de Emergência Ambiental Cleonice Kazmirczak explica que, depois de negada a licença de operação, nenhuma melhoria foi realizada no prédio.
- Foi informado ao município sobre o indeferimento da licença. A informação que nós temos do pessoal responsável pela empresa é que eles estavam em tratativas com o Ministério Público (MP). E eles (a empresa) apresentaram um cronograma para o MP de realizar as melhorias necessárias. Na verdade, a empresa continuava operando sem ter feito melhoria nenhuma.
Instalada no bairro Vila Nova, a empresa derramou pelo menos 15 mil litros de líquido químico na rua Celeste Maganagnin. Três quadras, a partir do endereço em que está localizada, foram isoladas. O derramamento foi provocado pela queda de um muro que estava sendo construído por uma empresa vizinha.
A limpeza da rua e dos boeiros ainda não tem prazo para ser concluída. Conforme a Fepam, o líquido químico entrou em contato com a rede pluvial e cloacal, mas ainda não está definida a extensão percorrida pelo material. Ainda de acordo com a Fepam, a rede de abastecimento de água foi preservada. Duas pessoas que tiveram contato com o material químico foram encaminhadas ao Hospital Tacchini. Elas têm quadro estável e seguem em observação.