Moradores do bairro Euzébio Beltrão de Queiróz se queixam dos entulhos de casas que foram demolidas no ano passado. Restos de concreto e tijolos, sofás velhos, colchão, pedaços de móveis e roupas se acumulam em quatro pontos da comunidade. O material deveria ter sido recolhido há vários meses, o que não ocorreu.
A demolição das moradias aconteceu durante ação social contra a violência em 2012. Os espaços serviam para reunir drogados. O problema é que nem a prefeitura ou os responsáveis pelo terreno assumem a retirada dos entulhos.
- Só tiraram os escombros de uma casa e parou por aí. Começou a juntar rato e barata. Isso está incomodando - reclama o líder comunitário Paulo Roberto da Rosa Teixeira, o Cara Preta.
A negociação entre prefeitura e comunidade é intermediada pelo coordenador do projeto Território de Paz de Caxias, Elvino Santos. Segundo ele, como os entulhos estão em terreno privado, o município não poderia recolher sob o risco de estar cometendo irregularidade.
Elvino ressalta ainda que nenhuma equipe da prefeitura participou da demolição. Três construções teriam sido desfeitas pelos próprios moradores. Uma quarta casa foi destruída com ajuda de soldados do Exército.
- Isso está sendo discutido na Secretaria da Habitação. Um processo foi encaminhado para autorizar a remoção. Acredito que uma solução dever vir em breve - diz Elvino.
Cotidiano
Restos de casas demolidas em bairro pobre de Caxias do Sul ainda não foram removidos
Entulhos estão empilhados em quatro pontos do Euzébio Beltrão de Queiróz
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