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Desde que teve a motocicleta furtada há um ano, o caxiense Alexandre Müller, 42, cansado de esperar, quer uma resposta. O gerente de usinagem teve a moto, uma NX Falcon, furtada em outubro de 2010, no centro da cidade.
Por meses não teve a moto localizada. Mas há um ano, durante a Romaria dos Motociclistas em Caravaggio, Müller avistou duas motocicletas iguais a NX Falcon roubada. Quando se aproximou, se certificou de que uma delas era mesmo a sua moto.
- Essa moto tem uma cor exclusiva, então, existem poucas iguais. Todo motociclista que lava a sua própria moto, conhece bem ela. Como eu comprei zero, todas as marcas que tinham eu conhecia. Tinha um adesivo que eu tinha colocado de cabeça para baixo - contou.
Alexandre chamou a Brigada Militar, mas apesar de todas as peças serem iguais a da própria motocicleta, o chassi não batia com o original. Não convencido, Müller pesquisou os dados fornecidos pelo suposto dono e viu que as informações não batiam com as características da moto e os dados do documento. E mais uma vez, acionou a Polícia Civil.
O suspeito foi chamado a comparecer na delegacia no mesmo dia em que o gerente de usinagem descobriu as diferenças na documentação. Em frente ao inspetor, confessou que tinha adulterado a motocicleta e comprado de outra pessoa por R$ 500. Em depoimento, ele disse que tirou todas as peças da moto comprada, e colocado em outra. Por esta razão, o chassi não correspondia ao original.
Orientado a aguardar a perícia e audiência, Alexandre retornou para casa de mãos abanando. Enquanto o outro homem ficou como fiel depositário da moto. Prestes a completar um ano, o caso ainda não foi resolvido. Há dois meses, Müller voltou à Polícia Civil mas não teve novidades. O advogado de Alexandre já avisou que ao completar um ano, ele não poderá, nem mesmo, representar contra o acusado.