Entidades de proteção patrimonial, representantes da prefeitura e moradores de Ana Rech estão mobilizados em torno da demolição de parte do Moinho de Trigo Farinha Vigorosa, ocorrida sexta-feira. Em reunião na prefeitura nesta segunda-feira, autoridades e comunidade alinharam as medidas a serem tomadas sobre o tema.
Foto: Gabriela Machado
O município notificou a empresa porto-alegrense proprietária do imóvel datado de 1942. A empresa tem 15 dias para recorrer, caso contrário, será multada. O valor da punição será de pouco mais de R$ 264 mil, equivalentes à derrubada de 600 metros quadrados.
Confira imagens da demolição:
Paralelamente, moradores de Ana Rech entregaram carta ao Ministério Público pedindo a punição dos responsáveis pelo desmanche do prédio, a manutenção do que restou da construção e a reconstrução da parte demolida. A prefeitura deve ingressar com apoio à carta junto ao MP. O município também estuda entrar com ação cautelar na Justiça para impedir novas intervenções no imóvel, e se propõe a cobri-lo com lonas, caso receba permissão. A retroescavadeira da prefeitura colocada no acesso ao prédio parcialmente demolido será mantida.
Outra medida sugerida pelo vereador Vinicius Ribeiro é o pedido do Executivo pela votação em caráter de urgência (30 dias) do projeto que pede a atualização da legislação sobre patrimônio histórico e cultural. O documento foi entregue na quarta-feira à Câmara de Vereadores. O secretário de Cultura, João Tonus, prometeu acatar a este recurso para agilizar a votação e endurecer as punições a quem causar danos ao patrimônio.
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