
Procurada pela reportagem do Pioneiro, Márcia Rohr da Cruz disse inicialmente que não queria se defender sobre o conteúdo da gravação, apenas que pessoas estavam querendo se promover com a situação. Logo após, solicitou o encaminhamento do áudio. Na noite de quinta-feira, através de contato feito pela Comunicação da Prefeitura, a secretária falou sobre o tema. Admitindo ser sua voz no áudio, Márcia disse que o trecho foi tirado de um contexto em uma reunião onde estava sendo discutido o Fiesporte:
– Com certeza é minha voz que está ali. Falei sobre a situação, que é uma situação imunda. O dinheiro público sendo usado de forma a não atender as regras, os procedimentos e a todas as ações que comportam aquela pasta. Eu não só disse naquele momento como reitero: aquilo é sim um negócio imundo, viciado. Estou muito tranquila em relação às minhas intervenções. Não tem problema nenhum de continuarem gravando o que falamos. Não tenho nada a esconder. Não tenho problema nenhum de falar sobre as situações. O meu jeito de falar é mais ou menos esse e espero que as pessoas respeitem assim como respeito o de todas as pessoas. Sou uma pessoa extremamente autêntica.
Sobre o trecho em que cita o prefeito e a relação que fez do Fiesporte com a situação da Festa da Uva, Márcia disse estar seguindo o modelo de Daniel Guerra:
– O prefeito sempre foi contra essa ideia de dinheiro público ser utilizado com intuito que não sejam aqueles da lei. E o prefeito sempre acreditou que as festas e eventos não teriam dinheiro do caixa do município. Ele sempre acreditou que as festas têm que ser sustentáveis. Como o Fiesporte estava numa forma não de acordo com as normas, regras e procedimentos, continuo vendo como irregular e nós precisamos adequar. Se nós quisermos continuar com as coisas irregulares, é provável que o prefeito, que é sim a favor do esporte em Caxias do Sul, que é a favor das atividades que envolvam saúde, educação, assistência social, não libere o dinheiro público.
Apesar da negativa da maioria dos projetos, Márcia disse ter recebido algumas entidades na Smel e que o retorno delas têm sido positivo, mas preferiu não citar o nome de nenhuma.