Pode parecer só curiosidade, mas não é. É possível, talvez até provável, que seja decisivo.
Na disputa entre o gaúcho Fábio Koff e o carioca Kléber Leite, na próxima segunda-feira, dois resultados dão a vitória ao presidente campeão do mundo com o Grêmio em 1983. Se der empate, Koff emplaca o sexto mandato seguido e garante 17 anos no comando do Clube dos 13.
De acordo com o estatuto da entidade, o voto de minerva cabe ao eleitor mais velho. E o mais antigo do colegiado formado pelos 20 maiores clubes do país é o maior aliado de Koff contra Kléber e Ricardo Teixeira: Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo.
- Duro vai ser a gente arrancar a idade dele se der empate...- brinca Koff.
Vice de Koff, Juvenal tem 74 anos, mas detesta revelar quantos anos têm.
Ontem, os presidentes dos quatro grandes de São Paulo almoçaram juntos. O Corinthians vai de Kléber. O São Paulo, de Koff. O Palmeiras e o Santos estão indefinidos.
O Palmeiras se comprometeu com Koff, mas sofre pressão da Traffic, parceira na compra de jogadores e cujo dono, J. Hawilla, é ligado a Ricardo Teixeira, principal aliado de Kléber. O Santos do presidente Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, novato entre os cartolas da bola, é uma esfinge.
Apesar das discordâncias, o quartero aprovou uma sugestão do Palmeiras: contratar uma empresa, mediante concorrência, para negociar a venda dos direitos de TV do Brasileirão. Serão mais de R$ 600 milhões em jogo.
A eleição é nesta segunda-feira, em São Paulo, no escritório do Clube dos 13. Votam os 20 clubes que integram a entidade.
Koff diz que tem 12 votos garantindos, sem chance de traição. Kléber garante que vence por margem mais estreita. Será a eleição mais disputada da história da entidade, criada em 1987.
Qualquer que seja o resultado, o Clube dos 13 sairá fracionado após uma campanha dura.
Esportes
Empate basta para Koff na eleição do Clube dos 13
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