Apesar das projeções de grande queda na venda de chocolates nesta Páscoa, uma parcela da população de Caxias decidiu manter a tradição de presentear os familiares, mesmo em meio à pandemia. Autorizadas a funcionar desde a última segunda-feira (6), lojas de chocolates do centro registravam filas no fim da manhã deste sábado (11).
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A concentração de pessoas era principalmente no lado de fora, devido às restrições de público dentro das lojas. Entre os consumidores que aguardavam, era possível perceber o uso de máscaras e certa distância entre um e outro, ainda que não fosse de dois metros, como o recomendado.
A auxiliar de produção Vanessa Brum, 38 anos, era uma das que aguardava atendimento em uma loja da rua Marquês do Herval, pouco depois das 11h. Mesmo esperando pode cerca de 30 minutos, ela não abriu mão dos presentes.
— Principalmente para quem tem filhos, afilhados e sobrinhos, tem que garantir — afirma.
Apesar da permissão de funcionamento na última hora, alguns lojistas não acreditam em uma recuperação total dos prejuízos em função da paralisação. É o caso de João Melo, 56, que há 20 anos monta feirões temporário de Páscoa.
— Vamos trabalhar para não ter prejuízo. Normalmente começamos um mês antes, até para divulgar a loja, mas esse ano só tivemos uma semana. Vamos chegar a 70% das vendas esperadas, no máximo — projeta.
Segundo Melo, a procura pelo produtos da loja começou a aumentar na quinta-feira (9). Na manhã deste sábado, o estabelecimento tinha fluxo de consumidores constante, embora não houvesse grande espera do lado de fora.
O decreto da última quinta-feira também permitiu a abertura de restaurantes e lanchonetes com 50% da capacidade e distanciamento entre as mesas em Caxias. Apesar disso, havia poucos clientes nos estabelecimentos abertos no fim da manhã. Em alguns, inclusive, era possível perceber que a quantidade de mesas não foi alterada.