Para driblar retração, Agrale, de Caxias, lança nova geração de Marruá

Ao mesmo tempo que preocupa empresários e trabalhadores, a desaceleração econômica atual - especialmente na indústria - tem dado espaço para a inovação. Prova disso é a nova geração de veículos Marruá, da caxiense Agrale, apresentada para a imprensa nesta terça-feira.

Até então, essa linha era voltada especialmente para atender às necessidades das Forças Armadas e de Segurança, com um DNA extremamente militar. Praticamente toda a capacidade de produção do veículo - que é de 160 unidades por mês - era abrangida por esse setor até bem pouco tempo. Dos quatro mil veículos já produzidos de Marruá, cerca de 3,5 mil atenderam especificamente às Forças Armadas.

Agora, com a desaceleração na economia, a meta é expandir mercado e atuar em segmentos em que a linha tem presença mais tímida, como em áreas que envolvem segurança (polícia, bombeiros, patrulhamento) e serviços severos (mineradoras, empresas de reflorestamento, agricultura). Para contemplar mais nichos, a nova linha evoluiu em design sem perder a robustez característica da marca.

- Já temos produtos estratégicos de uso militar, então queremos com esses novos veículos aumentar nosso leque de opções e não depender apenas das Forças Armadas - explica José Alberto Matos, gerente de marketing e vendas de utilitários, ressaltando que as novidades podem ser usadas no meio militar e civil.

E não faltam diferenciais para o Marruá ganhar espaço: os novos veículos chegam mais altos, mais largos, com melhor dirigibilidade e caçamba com mais espaço. A Agrale também disponibiliza uma série de equipamentos opcionais, como ar-condicionado, guincho e kit multimídia.

Dois modelos (AM 200 e AM 300) compõem a nova linha. Ambos pesam acima de 3,5 mil quilos, o que os caracteriza como caminhão 4 x 4, mas com as características versáteis de um utilitário.

A nova linha também foi pensada nos mercados internacionais, com capacidade de contemplar o painel tanto no lado direito, quanto no esquerdo. Até o momento, as exportações são responsáveis por cerca de 10% da produção de Marruá, índice que deve aumentar com a nova linha e com o câmbio favorável.