Municípios com até 50 mil habitantes ganharão retroescavadeiras do governo

Todo município com até 50 mil habitantes que manifestar interesse ganhará do governo uma retroescavadeira. A medida faz parte da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e prevê a entrega de 3.591 máquinas para todo o país. A portaria que abre o processo seletivo para as cidades que querem receber as retroescavadeiras está publicado no Diário Oficial da União desta sexta-feira.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, conta que a iniciativa é uma ampliação de uma ação que já está ocorrendo. Em um primeiro momento, 1.275 municípios haviam sido selecionados em um processo seletivo para ganhar uma dessas máquinas. O critério utilizado era de cidades que tem o peso da agricultura familiar preponderante na sua economia local. 

- Nós estamos agora universalizando esse programa para todos os municípios que tenham até 50 mil habitantes e não estão localizados em uma região metropolitana. Com esse processo, nós vamos ver quais municípios manifestam interesse. Eu imagino que todos irão, então acabaremos comprando mais 3.591 máquinas. Juntando com as 1.275 do outro processo, totalizaremos 4.866 retroescavadeiras doadas - explica Pepe.

O ministro destaca que na região da Serra existem cerca de 60 municípios que se encaixam nesses critérios e poderão receber uma das máquinas. Segundo ele, apenas Caxias, Farroupilha, Vacaria e Bento Gonçalves terão que ficar de fora.

Além das retroescavadeiras, a portaria aberta hoje também prevê a entrega de 1.330 motoniveladoras, popularmente chamadas de patrola. No total, considerando as retroescavadeiras e as patrolas, serão distribuídas 6.196 máquinas até o início do ano que vem. Isso significa um investimento de R$ 1,29 bilhão.

Embora o principal objetivo dessa medida seja levar melhorias para a agricultura familiar, o ministro destaca que a ação é também um estímulo a política industrial. Isso porque, na licitação para a seleção dos fornecedores das máquinas, é exigido conteúdo nacional.

- Todas as fábricas fornecedoras tem que ter unidade produtiva no Brasil. Nós não compramos máquinas importadas. As máquinas tem que ser produzidas no país para gerar emprego e renda. Além de melhorar a vida no campo, nós estamos gerando emprego na cidade - ressalta Pepe.

Leia mais sobre o assunto no Pioneiro desta sexta-feira.