Desconheço se a Dona Marisa sabe, porque o marido dela, coitado, ignora tudo. Mas, aproveito para contar que eu também tive que aguardar pela Festa da Uva. Precisou que a Segunda Grande Guerra terminasse de lamber suas feridas e fechasse suas cicatrizes. No meu caso, um piá de cinco anos, bastava uma única mão indicando a idade da minha incorruptível infância. Os adultos é que curtiram um longo hiato de meia-dúzia de anos para a sua retomada. O que significa que esse dilúvio em torno do curto e momentâneo adiamento pode não passar de tempestade num copo d'água. Vai dar tempo para pensar e repensar, corrigindo eventuais desvirtuamentos, evitando a banalização. E primar por ser uma celebração das origens e das raízes das quais têm se desviado.
Opinião
Francisco Michielin: sempre será a Festa da Uva
Onde um giro pelo passado recomenda que é sábio dar tempo ao tempo
Francisco Michielin
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