Maurício Gyboski prepara-se para escrever a primeira novela na Globo

O caxiense Maurício Gyboski, 40 anos, começou a escrever para a Globo no final da novela Fina Estampa, em 2012, como colaborador de Aguinaldo Silva. Depois repetiu a parceria com o mestre em Império.

Apenas três anos depois desse ingresso no mundo da teledramaturgia, ele se prepara para escrever a primeira novela como titular. A estreia será em Trem Bom, que mistura o universo rural com o urbano, prevista para ir ao ar em 2017, na grade das 18h da emissora.

- Se você analisar só a minha entrada na emissora, foi rápido. Mas analisando minha trajetória, não foi surpresa, porque sempre busquei isso. Já escrevia tramas quando passei em Artes Dramáticas na UFRGS aos 18 anos. A vida me levou para outros caminhos profissionais, mas nunca deixei de fazer cursos na área e exercitar essa vocação - conta ele, que participou da Master Class de Aguinaldo Silva e por isso recebeu o convite para colaborar com o autor.

Depois de Fina Estampa, Gyboski entregou à Globo uma sinopse de Malhação que ficou entre as três finalistas: 

- Então, antes de iniciar o trabalho em Império, entreguei a sinopse de Trem Bom. Aguinaldo nem sabia da existência dela. Quando fui informado da aprovação pelo Fórum de Teledramaturgia da emissora, capitaneado pelo Sílvio de Abreu, a supervisão tinha sido oferecida para outro autor, acostumado a tramas rurais. Aí eu disse: "espera aí. Aguinaldo deve ser consultado!". Fiquei muito honrado quando ele aceitou fazer minha supervisão.

Trem Bom se passa na fictícia e histórica Rancho Verde, no interior paulista, considerada berço do sertanejo. Vai contar a história de Cairo, um peão com habilidade incomum na montaria, que trabalha para o vilão da história, Juca Jobim. Há um desencontro amoroso e Cairo decide formar uma dupla sertaneja com o irmão Argel.

Gyboski conta que está adorando o processo criativo.

- É delicioso. Meio que brincar de Deus, sabe? Você vai criando personas e quando começa a escrever para essas criações, elas vão adquirindo vida própria. Talvez por isso tenha tantas sinopses guardadas e tantas histórias ainda pra contar - diz.